quinta-feira, 30 de janeiro, 2014

Mercado de reposição deve garantir crescimento de pneus

O mercado de reposição deve sustentar o crescimento da indústria nacional de pneus para 2014, em torno de 2,5% em relação ao ano passado. A estimativa sobre o chamado after market, que representa quase metade do faturamento dos fabricantes, foi feita ontem pelo presidente executivo da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), Alberto Mayer.
"Projetamos crescer acima do mercado automobilístico devido ao after market, que é muito importante para nosso negócio", destacou Mayer. Para este ano, a projeção de crescimento das vendas de automóveis pela associação do setor é de cerca de 1%.
Em 2013, os fabricantes de pneus registraram recorde histórico de produção. Segundo a Anip, foram produzidas 68,8 milhões de unidades no período, aumento de 9,2% em relação a 2012.
"Investimos anualmente para acompanhar o crescimento do setor automobilístico. Até 2020, a média de aportes deve ser de R$ 1 bilhão por ano", diz o presidente do conselho de administração da Anip, Jean-Philippe Ollier. No período entre 2006 e 2015, a previsão total de investimentos para o setor é de R$ 10,7 bilhões.
O segmento de pneus para camionetas apresentou forte crescimento em 2013, de 15,2%. Este tipo de produto é usado principalmente em caminhões menores (os chamados VUCs) e utilitários esportivos (SUVs). Outro negócio que teve incremento expressivo foi o de pneus industriais. No ano passado, houve alta da produção de 53,9%, para 2,07 milhões de unidades.
Para 2014, porém, Mayer afirma que o maior índice de crescimento da produção de pneus deve ocorrer em veículos de passeio. "Acreditamos que este deve ser o segmento que mais vai crescer neste ano, principalmente por conta do mercado de reposição e redução das importações", avalia.
Importação
Apesar da perspectiva de queda das importações para o ano, a balança comercial da indústria de pneus continua no negativo, tendo atingido déficit recorde em 2013. Segundo a Anip, no ano passado as exportações caíram 6,3% em relação a 2012, para 12,34 milhões de unidades. Já as importações (exceto duas rodas) cresceram 13%, para 29,21 milhões de pneus. Com isso, a balança comercial fechou o ano com déficit de US$ 355,5 milhões.
"Com os custos de câmbio, logística cara e altíssima carga tributária, não há como competir. Os volumes de importações não têm diminuído", explica Ollier. O executivo ressalta ainda que o problema não é pura e simplesmente a entrada de importados. "Não somos contra as importações, mas temos buscado defender a produção local da concorrência desleal com ações antidumping e de defesa comercial".
Em 2013, as vendas dos associados cresceram 6,9% em relação ao ano anterior, totalizando 72,6 milhões de unidades, diz Anip. O recorde histórico foi registrado em 2010, quando o setor comercializou 73 milhões de pneus no mercado doméstico. O destaque ficou para o mercado de reposição, que cresceu 12,6% em 2013, passando de 33,5 milhões para 37,7 milhões de pneus. Já as vendas para montadoras registraram um aumento de 6,3% na mesma base de comparação, para 22,5 milhões de unidades.
Diário Comércio Indústria e Serviços – 29/01/2014
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