terça-feira, 24 de setembro, 2013

Honda investe para inovar mais

Inaugurado nesta semana na fábrica de motos da Honda na Zona Franca de Manaus, o Centro de Desenvolvimento e Tecnologia (CDT), que integra todas as áreas da unidade produtiva no esforço da companhia por maior sinergia, no processo de fabricação, também será implementado na planta de automóveis da marca japonesa em São Paulo. Com inauguração prevista para novembro, a estrutura alocada na unidade de Sumaré (SP) vai facilitar o intercâmbio de soluções que podem ser compartilhadas entre os processos produtivos de carros e motos.
De acordo com Paulo Takeuchi, diretor sênior de relações institucionais da Honda em sua subsidiária na América do Sul, apesar das “realidades diferentes”, o núcleo de manufatura de ambas as unidades pode gerar bons resultados a partir desse alinhamento.
“Grande parte dos processos, especialmente na manufatura, podem ser integrados entre a produção da motocicletas e carros. Na fundição de alumínio, por exemplo, muito do que é utilizado em nossas motocicletas foi trazido do modelo desenvolvido e aplicado nos automóveis”, explica ele.
Em São Paulo, um edifício com característica semelhante ao implementado no Amazonas — são 4,2 mil metros quadrados dispostos para o trabalho de 200 profissionais de diferentes áreas como Pesquisa & Desenvolvimento, Engenharia, Manufatura e Compras—está em construção desde o primeiro semestre. Quando entregue, a unidade que faz os modelos Fit, City e Civic estará integrada ao conceito de produção One Floor adotado pela matriz no Japão.
Cerca de R$ 20 milhões foram investidos no prédio e no treinamentos de funcionários em Manaus. A fabricante ainda não divulgou o investimento que realiza no mesmo projeto para São Paulo. Em fase inicial de construção, a terceira unidade industrial da companhia, em Itirapina, também no interior paulista, começará a funcionar em 2015 já dentro da nova proposta organizacional.
“Com esse novo conceito horizontal fica muito mais fácil para um engenheiro executar uma ideia através do contato direto com a área de manufatura e até mesmo com fornecedores, por exemplo. É um processo para ter agilidade, para tirar o máximo de proveito de nossa estrutura”, diz Takeuchi.
Para duas ou quatro rodas, a Honda espera aproveitar-se da sinergia de processos para superar as dificuldades de mercado. Em motocicletas, vendas despencaram mais de 10% em2013.Nos carros, apesar da atual estabilidade de mercado, a tendência é de um cenário de crise no próximo ano.
“Fazemos o que está dentro do nosso raio de ação. Se podemos tomar decisões mais rápidas, temos que nos aproveitar disso. Buscamos agilidade e soluções para aumentar sempre a demanda por nossos produtos para que sejam cada vez mais competitivos”, finaliza Paulo Takeuchi.
Em Manaus, a Honda tem sua maior fábrica de motocicletas do mundo. De Sumaré, a fabricante já acrescentou um milhão de veículos nas ruas do país. Hoje a companhia de aproxima da marca de 20 milhões de unidades fabricadas no país desde 1971.
Brasil Econômico - 20/09/2013
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