segunda-feira, 09 de setembro, 2013

Fiat compra Chrysler só em 2015

A Fiat pode ter que esperar até 2015 antes que um juiz decida o preço que a montadora italiana terá que pagar para comprar uma fatia minoritária na Chrysler, de acordo com documentos judiciais. O juiz Donald Parsons, que está julgando o caso, nos Estados Unidos, deve permitir um “tempo razoável” para preparar um processo a fim de decidir o que a Fiat deve pagar para comprar a fatia de 41,5% da Chrysler detida pela empresa de saúde dos EUA ligada ao sindicato United Auto Workers (UAW). O sindicato tornou-se o segundo maior acionista da Chrysler quando a empresa saiu da concordata em 2009.
A empresa de saúde, que se chama Veba, disse em uma carta ao juiz Parsons que não está apta a negociar um cronograma de julgamento com a Fiat, que entrou com a ação em setembro de 2012. Ela quer que o juiz defina um julgamento em janeiro de
2015, enquanto a Fiat pressionou para que ocorra em maio. Em julho desse ano, Parsons decidiu em favor da Fiat em posições jurídicas fundamentais na disputa, mas não chegou a ordenar a empresa a vender 54.154 ações da Chrysler por US$ 139,7 milhões, como a Fiat almejava. Até porque a Veba colocou o valor dessas ações em US$ 343,1 milhões, o que pode alongar ainda mais as discussões.
A Fiat disse, após a decisão do juiz, em julho, que estava confiante de que o caso seria resolvido em seu favor. Caso a aquisição aconteça, a união das duas empresas criaria o sétimo maior grupo de automóveis em volume de vendas. Fábrica em Mirafiori pode receber novos modelos Enquanto o imbróglio não chega ao fim, o mercado aguarda o CEO da montadora italiana, Sergio Marchionne, anunciar os planos para a construção de um veículo utilitário esportivo Maserati, em Turim, segundo duas fontes que pediram anonimato. Marchionne está pronto para construir novos modelos, incluindo o Levante SUV, como parte de um plano de investimento para a principal fábrica de Mirafiori, que seria uma contrapartida da extensão das demissões na fábrica italiana.
Ontem, o presidente da companhia esteve com representantes dos sindicatos em Roma para discutir os investimentos da montadora na Itália.A montadora planeja ampliar demissões temporárias para cerca de 5.300 trabalhadores em Mirafiori, a maior e mais antiga fábrica da companhia, em meio à demanda menor de carros na Europa. A Fiat quer que os trabalhadores fiquem em casa durante a maior parte do ano que vem. Marchionne disse em janeiro que estava considerando a montagem do primeiro Maserati SUV e modelos Alfa Romeo em Mirafiori. A Fiat suspendeu novos investimentos no país em julho, uma vez que quer forçar o governo do primeiro-ministro Enrico Letta a adotar reformas, com regras de trabalho mais claras, que poderiam ajudar os fabricantes . Procurada, a Fiat não quis comentar.
Brasil Econômico – 06/09/2013
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