sexta-feira, 26 de abril, 2013

Montadoras de veículos pesados batalham por inclusão no InovarAuto

Ter um programa de renovação de frota é uma das batalhas que as montadoras de veículos pesados instaladas no Brasil vão travar junto ao governo. Para a Mercedes-Benz esse processo somente será viável se no novo regime automotivo, o InovarAuto, forem estabelecidas metas de eficiência energética também para caminhões e ônibus. Pelas novas regras, as montadoras de automóveis têm de produzir carros 12% mais econômicos até e menos poluentes até 2017.
“O conceito de eficiência energética em veículos pesados depende não só da vontade da indústria e sim de um esforço conjunto com o governo para que melhore a infraestrutura viária do país e crie um programa efetivo de renovação de frota”, disse o diretor de Relações Institucionais da MercedesBenz do Brasil, Luiz Carlos Moraes. “Hoje, a idade média dos caminhões que rodam nas estradas de ruas do Brasil beira 20 anos, são veículos gastões e poluidores”, completou.
Segundo Moraes, já há um grupo de estudo formado para colocar em prática a nova política de renovação de frota de veículos pesados no país. “Temos de ter mecanismos para trazer o motorista autônomo, que muitas vezes não tem condições de comprar um caminhão, para o sistema. Um dos mecanismos pode ser a criação de um fundo garantidor para viabilizar essa aquisição. Isso porque, a maior parte tem dificuldade de acesso ao crédito hoje disponível no Brasil”, explicou.
A ideia, segundo o executivo, é realizar um sistema escalonado de troca dos caminhões. “Seria uma forma de fazer a bicicleta andar, os mais
velhos serão descartados de forma programada e assim, conseguiríamos diminuir em muito a idade média de nossa frota. O ganho econômico e ambiental é altíssimo. Mas, para isso precisamos ter metas de eficiência estabelecidas”, ressaltou.
O novo regime automotivo, que vigora de 2013 a 2017, tem como prerrogativa investimentos das montadoras de automóveis em tecnologias de motorização para melhorar a eficiência dos carros. Na avaliação do vice-presidente da Ford para a América do Sul, Rogélio Golfarb, no primeiro momento o Brasil deverá experimentar motores à combustão menores mas, com conteúdo eletrônico maior para viabilizar a montagem de
carros mais econômicos. “No longo prazo poderemos usar a tecnologia híbrida (motor à combustão e elétrico). Mas, o grande avanço tecnológico vai
acontecer com o uso intensivo de tecnologias eletrônicas. O desafio é trazer esses fornecedores para o Brasil”, disse Golfarb.
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