Venda de PCs no país caiu 2% em 2012, segundo IDC

Depois de dois anos de forte crescimento, o mercado brasileiro de computadores pessoais perdeu o ritmo em 2012. Segundo a empresa de pesquisa IDC, o mercado teve uma queda de 2% nas vendas no ano passado, somando 15,5 milhões de unidades, sendo 8,9 milhões de portáteis (notebooks, netbooks e ultrabooks) e 6,6 milhões de desktops. Foi o primeiro recuo em vendas desde 2009. Com o desempenho de 2012, o Brasil, que ocupava o terceiro lugar global em vendas de PCs, caiu para a quarta colocação, atrás de China, Estados Unidos e Japão.
As vendas em queda no Brasil ficaram em linha com o resto do mundo (queda de quase 4%). Para 2013, a expectativa é que o mercado brasileiro tenha um desempenho inferior à média global. A projeção é de um recuo de 7,2% nas vendas, somando 14,4 milhões de máquinas. No mundo, o mercado encolherá 1,3%.
De acordo com a IDC, o desempenho fraco Brasil em 2012 está ligado a mudanças nas preferências dos consumidores residenciais, que optaram por dispositivos mais baratos como tablets e smartphones. No ano passado, as vendas de tablets chegaram a 3,1 milhões de unidades, um crescimento de 171%. Já as vendas de smartphones avançaram 78%, chegando a 16 milhões. Além de buscar outros dispositivos, os brasileiros comprometeram seus orçamentos com produtos como carros e aparelhos da linha branca, que tiveram impostos reduzidos. Os consumidores residenciais são os maiores compradores de PCs do país, com 66,6% do total. Outros 26,7% vão para as empresas e 6,7% para governo e educação.
A IDC estima que o mercado de PCs no Brasil terá crescimento médio anual de 0,9% até 2017, ano em que serão vendidos 16,2 milhões de equipamentos. Para smartphones e tablets as projeções são mais promissoras. Até 2017, a previsão é que as vendas de tablets cresçam 29,5% na média anual, atingindo 11,4 milhões de unidades. Os smartphones terão expansão média de 32,9%, para 66,3 milhões de unidades em 2017, o equivalente a ou 71,7% de todos os celulares.