quarta-feira, 06 de março, 2013

Plano de investimento da Basa inclui nova fábrica

Reativada em novembro, a Indústria Farmacêutica Basa, fabricante de soluções parenterais (soros) em Caxias do Sul (RS), começa a colocar em prática um plano de investimentos de R$ 42 milhões em recursos próprios e financiamentos para chegar a R$ 2017 com vendas próximas de R$ 500 milhões e uma nova fábrica. O projeto inclui um acordo de transferência de tecnologia com o laboratório ucraniano Yuria-Pharm assinado em fevereiro, além da diversificação do portfólio com medicamentos de maior valor e a ampliação da capacidade de produção, disse o diretor-presidente Sérgio Noschang.
A Basa foi adquirida em agosto de 2012 por Noschang, ex-executivo da Rhodia, Pfizer e Novo Nordisk, e pelo empresário gaúcho Nestor Perini, ex-controlador e hoje acionista minoritário da Lupatech, indústria de equipamentos para a indústria de óleo e gás, cada um tem 50% de participação. Antes disso, ela pertencia à Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), mas foi a leilão para pagamento de dívidas fiscais da instituição de ensino em 2010, quando foi arrematada pela distribuidora de medicamentos Farmaconn, de Minas Gerais.
Para ficar com o controle da Basa, que havia suspendido as operações em março do ano passado devido a dificuldades financeiras, Noschang e Perini assumiram e renegociaram dívidas de R$ 35 milhões com bancos e fornecedores, informou o executivo. O maior credor é o Santander, com R$ 22 milhões a receber que serão pagos em dez anos. Os novos donos também colocaram em dias os salários dos 150 funcionários e aumentaram o quadro para 250 pessoas.
Conforme Noschang, o valor de aquisição da Basa não está incluído nos R$ 42 milhões que serão investidos até 2015. Os novos aportes incluem R$ 7 milhões que já foram gastos para recolocar a empresa em operação, mais R$ 15 milhões para ampliar a capacidade de produção de 2 milhões para 8 milhões de frascos por mês até o segundo semestre do ano que vem e a construção de uma nova unidade industrial até 2015.
A expansão será necessária para garantir o cumprimento do acordo com o Yuria-Pharm, que prevê a produção e comercialização a partir do segundo semestre de 2015, no Brasil, de medicamentos como antibióticos injetáveis, anestésicos e antifúngicos, mediante pagamento de royalties para os ucranianos. Única produtora de soros na região Sul, a Basa será ainda remunerada pelo registro e distribuição local de produtos importados da Ucrânia.
Até 2015 a empresa também pretende iniciar a produção de biogenéricos, mediante outro contrato de transferência de tecnologia com um novo parceiro, adiantou o executivo, sem dar detalhes. "Ainda estamos negociando", explicou. Atualmente a Basa opera em dois turnos e produz entre 1,2 milhão e 1,5 milhão de frascos de soros por mês, que são vendidos nos três Estados da região Sul, e a previsão para este ano é fechar com um faturamento de R$ 36 milhões, disse Noschang.
Valor Econômico
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