quinta-feira, 14 de março, 2013

Hypermarcas acredita que fusão com o Aché poderia fazer sentido

O presidente da fabricante de medicamentos e bens de consumo Hypermarcas, Claudio Bergamo, negou ontem que a empresa esteja participando do processo de venda do laboratório Aché. No entanto, o executivo disse que uma eventual fusão entre as empresas poderia fazer sentido, dada a complementariedade das linha de produtos, mas precisaria ser analisada em detalhes para garantir vantagens aos acionistas.
Em teleconferência com acionistas ontem, Bergamo comentou ainda que o ano de 2013 começou "morno" para a empresa, com vendas abaixo das expectativas. O motivo seria conjuntural, devido ao Carnaval antecipado e à mudança na legislação fiscal interestadual para produtos com componentes importados, com a equalização do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 4%, que estaria causando "incertezas" no mercado.
"Isso deverá ser corrigido ao longo do ano. Mesmo com o crescimento no primeiro trimestre abaixo da expectativa, reafirmamos nosso guidance de um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 950 milhões", afirmou. A meta representaria avanço de cerca de 10% sobre o resultado de 2012.
A Hypermarcas teve lucro líquido de R$ 124,7 milhões no último trimestre de 2012, ante R$ 49,6 milhões no mesmo período de 2011. No ano de 2012, o lucro líquido foi de R$ 204 milhões, ante prejuízo de R$ 55 milhões no ano anterior. No ano, o Ebitda somou R$ 865,2 milhões, avanço de 24,5% sobre 2011.
A companhia registrou receita líquida de R$ 3,8 bilhões no ano, com crescimento orgânico de 16,5% na comparação com 2011. O desempenho reflete aumentos de receita líquida de 26,6% na divisão farma e de 6,7% na divisão consumo. No quarto trimestre do ano, essas duas divisões registraram expansões de 31,1% e 14,5%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2011.
Aché
Empresas globais do setor farmacêutico, como GlaxoSmithKline , Novartis, Pfizer e Abbott Laboratories, estão entre as interessadas na brasileira Aché, que pode ser vendida por US$ 3 bilhões ou mais, segundo a agência Reuters. A receita da Aché nos 12 meses até 30 de setembro de 2012 foi de R$ 1,5 bilhão e o Ebitda, de R$ 540 milhões, segundo a agência Fitch.
DCI
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