terça-feira, 26 de março, 2013

Brasil será base de exportação do novo Fiesta

O novo Fiesta que começou a ser produzido ontem na fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, será exportado para países da América do Sul hoje abastecidos pelo México. "O Brasil será a fonte de produção (para a região)", diz o vice-presidente da empresa, Rogelio Golfarb. No mercado brasileiro, o compacto premium começará a ser vendido em maio.
O executivo não revela números para exportação e pondera que, por enquanto, será produzida localmente apenas a versão hatch, por isso o grupo ainda terá de avaliar a demanda pelo produto. O México produz também a versão sedã e uma esportiva.
Ontem, a Ford realizou cerimônia na fábrica para marcar o início da produção do carro global, que já é feito na Europa e China, além do México - que até agora abastecia o mercado brasileiro, assim como o americano. A fábrica da Ford naquele país produz cerca de 300 mil unidades do modelo.
Participaram do evento o governador Geraldo Alckmin e o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, junto com dirigentes da Ford e representantes dos trabalhadores.
Não foram divulgados números de produção para o novo Fiesta (ou New Fiesta, como a montadora chama), mas Golfarb informa que o modelo terá o maior porcentual da capacidade produtiva da fábrica, de 100 mil carros ao ano. A unidade também produz o compacto Ka e a picape Courier, que está saindo de linha e por enquanto não tem substituta definida.
Com a produção local, a Ford deixa de trazer do México a versão hatch, mas deve manter a importação da versão sedã que, segundo fontes do mercado, só será produzida no País a partir de 2014. Ontem, Golfarb não quis comentar esse tema.
O novo Fiesta é o segundo carro global que a Ford produz no Brasil. O primeiro foi o EcoSport, feito na fábrica de Camaçari (BA). "Até 2015, todos os nossos produtos serão globais, incluindo os caminhões", afirma o presidente da montadora, Steven Armstrong. Significa que, até lá, o Ka, produzido em São Bernardo, e o Fiesta Rocam(versão antiga do modelo), feito na Bahia, também serão substituídos.
Concorrentes. Veículos globais são aqueles produzidos em vários países sobre uma mesma plataforma, ou seja, são iguais em todos os mercados, com algumas adaptações, como o caso do Brasil, onde os motores são flex.
Golfarb informa que o novo Fiesta hatch, cujo preço só será divulgado nas próximas semanas, terá como principais concorrentes o Hyundai HB20 e o Chevrolet Onix (nas versões com motores acima de 1.0), pois o modelo da Ford terá motorização 1.5 e 1.6. Os concorrentes custam na faixa de R$ 40 mil.
"O segmento de compactos é o maior da indústria automobilística brasileira, com cerca de 75% das vendas, e o mais ferozmente disputado", afirma Golfarb. Ele informa que a empresa espera dobrar ou triplicar as vendas do modelo. Da versão mexicana, foram vendidas no ano passado 21,3 mil unidades, e mais 10,3 mil da versão sedã./ C.S.
Estadão
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