segunda-feira, 04 de novembro, 2013

Celular inteligente de baixo custo é aposta de fabricantes

A venda de smartphones no Brasil deve crescer na casa dos três dígitos este ano. Após a consolidação do aumento da comercialização de celulares inteligentes no País, 2014 promete ser o ano que as marcas vão ampliar seus portfólios e apostar em aparelhos com preços mais acessíveis. "O fabricante vai precisar trazer mais e melhores ofertas para o consumidor. Ele também precisa oferecer um produto de entrada, mais barato. É onde está o volume de vendas", analisa Leonardo Murin, analista de mercado do IDC.
E parece que os fabricantes de smartphones vão focar esforços na concepção de modelos atrativos financeiramente. No Brasil, celulares inteligentes com valor até R$ 699 representam 70% deste mercado. "Queremos entrar em faixas de preços distintas. Agora oferecemos aparelhos a partir de R$ 499", revela Ricardo Junqueira, presidente da divisão mobile da Sony no Brasil.
A projeção de crescimento no mercado de smartphones no País é gigantesca. De acordo com projeção do IDC, pela primeira vez na história o número de celulares inteligentes vendidos vai superar os feature phones, nome usado pelo mercado para designar "celulares comuns". A estimativa aponta 34 milhões de smartphones vendidos no Brasil este ano contra 28 milhões de feature phones. E a consultoria não acredita em desaceleração. "O consumidor brasileiro ainda está no smartphone de entrada. Não enxergo queda nesse mercado", revela Murin.
O tíquete médio do valor do smartphone no Brasil vem caindo gradativamente nos últimos anos. Em 2011, o brasileiro gastou R$ 790 com celulares deste tipo; em 2012, o número recuou para R$ 754; em 2013, a expectativa do IDC é que este número chegue à casa dos R$ 672. Recuo de R$ 118 em dois anos. Ancorada nestes números, a Sony vai investir forte no Brasil em 2014. Os smartphones que a empresa japonesa comercializa no país já são todos produzidos em território nacional, numa parceria com a Foxconn, em Indaiatuba, no interior paulista. Ano que vem a Sony pretende dobrar sua produção e fabricar a partir de um novo pátio brasileiro: a Arima, localizada em Jundiaí. "A partir de janeiro de 2014 teremos um novo parceiro em manufatura, vamos conseguir dobrar a produção. A meu ver, é o que precisamos para atender o mercado brasileiro".
"Queremos terminar o ano com 7% de participação no mercado e como o 4º maior fabricante de smartphones do Brasil", revela o executivo da Sony. A empresa japonesa aposta firme no mercado brasileiro e vê o fim do ano se aproximar com a expectativa de quadruplicar suas vendas em comparação a 2012. "A divisão de mobile representou o maior faturamento da Sony. Disparado". Hoje, o mercado brasileiro está entre os oito mais importantes da Sony em todo o mundo. "E a tendência é esse número melhorar".
Outra empresa que aposta no aquecido mercado brasileiro de smartphones para aumentar seus lucros é a chinesa Huawei. A empresa acaba de lançar o Ascend P6, smartphone mais fino do mundo. Com pouco alcance no mercado brasileiro, a marca - 3ª colocada na venda global de smartphones - aposta no modelo para angariar compradores por aqui. "Estamos muito orgulhosos em disponibilizar o P6, o produto mais brilhante que já criamos para os consumidores brasileiros", argumentou Veni Shoe, CEO da Huawei do Brasil.
Na contramão do ótimo momento dos fabricantes de smartphones no Brasil, a Blackberry passa por uma fase de reestruturação. A empresa decidiu apostar fichas em soluções para o mercado corporativo, onde tem clientes que confiam em seus serviços. "Não estamos de olho no público massivo. Potencialmente, o mercado de soluções caminha para ser maior que o de smartphones para a Blackberry", afirmou ao DCI Adriano Lino, gerente de RP da Blackberry no Brasil.
Diário Comércio Indústria e Serviços – 01/11/2013
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