sexta-feira, 25 de outubro, 2013

Lucro da Renner sobe 4,6% no 3º trimestre e alcança R$ 71,6 milhões

PORTO ALEGRE - Apesar do ambiente macroeconômico “menos promissor” para o consumo devido ao aumento da taxa Selic e à inflação “ainda em níveis elevados”, a Lojas Renner fechou o terceiro trimestre com alta de 4,6% no lucro líquido consolidado ante o mesmo período de 2012, para R$ 71,6 milhões, informou nesta quinta-feira o novo diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Laurence Beltrão Gomes.
O resultado superou a média das estimativas de oito instituições financeiras consultadas ontem pelo Valor, de 0,1% de expansão sobre os R$ 68,5 milhões apurados no terceiro trimestre de 2012. Já a receita líquida das vendas de mercadorias avançou 12,9% na mesma base de comparação, para R$ 906,9 milhões, ante a projeção média de 13,7%. A receita líquida consolidada, incluindo as vendas de produtos e serviços financeiros, também evoluiu 12,9%, para R$ 1,021 bilhão.
As vendas “mesmas lojas” (abertas há mais de um ano) cresceram 5,8% no trimestre, um pouco acima da média das projeções do mercado, que ficou em 5,2%, enquanto o lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) alcançou R$ 154,6 milhões, com alta de 4,3%, diante da média de previsões de 7,2%.
Conforme o diretor, a nova forma de cálculo da contribuição previdenciária, que passou a corresponder a 1% do faturamento em vez dos 20% sobre a folha de pagamento, proporcionou um ganho líquido de R$ 3,3 milhões no trimestre.
A desoneração teve impacto positivo sobre o Ebitda e o lucro líquido porque a contribuição mais alta deixou de contar como despesa operacional, mas conteve o crescimento da receita líquida e influenciou, junto com a antecipação de remarcações de inverno, na redução da margem bruta da venda de mercadorias de 51,4% para 50,1%.
Junto com as reformas em 12 pontos de vendas realizadas ao longo do trimestre, a mudança na contribuição previdenciária também prejudicou o desempenho no conceito de vendas “mesmas lojas’. Sem esses dois fatores, o indicador teria registrado uma alta de 8,1%, explicou o executivo.
As despesas operacionais cresceram 15%, para R$ 335,6 milhões. Segundo Beltrão, a alta foi “relativamente pequena” diante do crescimento das vendas, provocada pelos investimentos em reformas e abertura de lojas e também no novo centro de distribuição no Rio de Janeiro, que começou a operar em setembro.
No trimestre, os investimentos fixos somaram R$ 123,4 milhões, incluindo a abertura de oito novas lojas (cinco Renner, duas Youcom e uma Camicado), ante R$ 75,8 milhões no terceiro trimestre de 2012. No acumulado de janeiro a dezembro, a varejista vai inaugurar 29 lojas Renner, seis Camicado e 12 Youcom, aumentando o número de pontos de venda de cada bandeira para 217, 46 e 16, respectivamente.
O resultado dos serviços financeiros cresceu 4,7%, para R$ 45 milhões, e contribuiu com 29,1% do Ebitda total da companhia no trimestre, ante 29% no mesmo intervalo de 2012. O desempenho foi considerado moderado pela empresa, devido às despesas para implantação dos cartões “co-branded”, com as bandeiras Mastercard e Visa, mas deve melhorar na medida em que os novos produtos passem a ser usados com maior intensidade.
Já os cartões exclusivos da Renner, que responderam por 52,4% das vendas de mercadorias no terceiro trimestre, registraram leve retração, de 2,9% para 2,8%, nas perdas líquidas de recuperações sobre o total da carteira. No segmento de empréstimos pessoais, as perdas líquidas caíram de 4,4% para 4,2%.
Valor Econômico - 24/10/2013
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