GM convoca recall por risco de incêndio

A General Motors inicia amanhã o conserto de 43.971 unidades da picape S10 para corrigir defeito que pode provocar incêndio no veículo. É o sexto recall feito por uma fabricante de automóveis e comerciais leves em outubro.
Com mais essa convocação, chega a 45 o total de campanhas realizadas neste ano, envolvendo 584,5 mil veículos, dos quais 0,3 mil são motocicletas. O número é 56,8% maior do que de igual período do ano passado.
O recall da S10 envolve modelos 2012,2013 e 2014 fabricados entre 13 de junho de 2011 e 11 de outubro de 2013. Segundo a fabricante, há risco de vazamento de combustível no compartimento do motor, que pode resultar em incêndio.
O problema é resultante de um atrito da tubulação de combustível com a presilha separadora das mangueiras de aquecimento ou com o chicote elétrico do sensor de pressão de ar, o que pode danificar a tubulação de combustível.
As concessionárias da GM vão providenciar gratuitamente o reparo ou a substituição da tubulação de combustível. Na segunda-feira, a BMW iniciou recall de 3.416 unidades de 11 carros da marca por problemas no sistema de freio.
Na visão da assessora técnica dò Procon-SP, Andréa Arantes, apesar do incômodo, o recall é algo bom. Ela reconhece que, em escala industrial, falhas podem ocorrer e o chamamento minimiza um problema. Por isso, é positivo.
O órgão orienta consumidores a atenderem ao chamado o mais rápido possível para evitar a concretização de possíveis acidentes, embora não haja data limite para a realização dos reparos ou troca das peças defeituosas. Segundo várias montadoras, o índice de comparecimento ao recall é baixo no Brasil.
Desde 2011, porém, uma portaria do Ministério da Justiça e do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) determina que o não atendimento a um recall no prazo de um ano a contar da data de sua comunicação, deve constar do certificado de licenciamento do veículo.
De janeiro a outubro de 2012,-as 43 campanhas de recall (10 delas de motocicletas) envolveram 348,7 mil veículos, segundo dados do Procon/SP. No ano todo, foram 50 chamamentos, num total de 372,8 mil veículos.