segunda-feira, 03 de julho, 2017

Açougue-butique aproveita vácuo do setor com itens fora do supermercado

São Paulo - Ávidos na busca pelo corte ideal para o churrasco do fim de semana, consumidores garantem o crescimento do mercado de açougues-butique no Brasil. Com uma proposta inovadora, os espaços agora procuram valorizar os produtos e promover uma experiência mais atrativa aos clientes.
Criado em 2014, o açougue Feed desponta nesse cenário. Após o intuito inicial de atender restaurantes e outras casas que trabalham com a carne, a unidade da empresa, localizada em um bairro nobre de São Paulo, transformou-se em um espaço onde os visitantes podem realizar o happy hour, participar de cursos e workshops ministrados por chefs conceituados - além de terem acesso aos cortes com selo de alta qualidade, dentre outros itens para incrementar o churrasco.
"Temos um Espaço Gourmet dedicado a mostrar a qualidade dos produtos. Durante a noite, ministramos cursos focados no preparo do churrasco, onde demonstramos nossos cortes", diz o gestor do Feed, Márcio Valenti.
Com um faturamento mensal em torno de R$ 800 mil, o açougue almeja encerrar 2017 com alta de 25% nas vendas. Para o período pós-crise, o Feed mantém planos de abrir novas unidades dentro e, talvez, até fora do País. Além do espaço físico, que demandou um investimento de R$ 5 milhões, a empresa contabiliza que as vendas através de serviços como delivery e e-commerce já representam 17% dos ganhos.
Dentre os campeões de vendas da casa, três tipos de produtos se destacam: a picanha; o bife de chorizo e o flat iron. "Todas as carnes do açougue passam por um critério de rastreabilidade", afirma Valenti.
Outra marca tradicional nesse mercado é o Varanda Gourmet. Espalhadas por três cidades do estado de São Paulo, as casas funcionam como uma espécie de empório da carne, onde os clientes podem harmonizar pratos e hambúrgueres com batatas e cervejas artesanais, além de comprar todos os tipos de acessórios para o churrasco.
Segundo o sócio-fundador do Grupo Varanda (que ainda engloba a rede Varanda Grill e a distribuidora Intermezzo Gourmet), Dárcio Lazzarini, o tíquete médio do açougue gira em torno de R$ 250 - a maioria dos clientes adquirem dois cortes de carnes, o carvão e o sal para o churrasco.
O executivo explica ainda que a crise econômica freou os planos de abrir novas operações do Varanda Gourmet: "Estamos mais seletivos para abrir lojas. Se a economia melhorar, provavelmente iremos acelerar o processo de expansão por meio de franquias", conta.
Seguindo essa linha, o açougue The Butcher viu um avanço de 70% no faturamento em 2016. Além de vender os cortes para os clientes, a empresa fornece carne para as principais hamburguerias do País: "Somos conhecidos pelos produtos diferentes. Além disso, trabalhamos muito as redes sociais, como o Instagram", afirma o sócio-proprietário do The Butcher, Bruno Rabinovic.
Carne sem carne
Tendência na Europa, uma nova vertente que desponta é formada pelos açougues vegetarianos. Inaugurado em dezembro de 2016, o No Bones promete entregar um cardápio vegetal com opções como hambúrgueres, salsichas, linguiças e bacon que são tão saborosos quanto seus primogênitos. "Preparamos mais de 15 cortes de carnes vegetais. Seguindo outros países, elaboramos os Fake Meats e buscamos ser pioneiros nessa área no Brasil", diz o sócio-fundador do No Bones, Brunno Barbosa.
Apesar de incipiente, o executivo acredita que o aumento na procura por uma oferta saudável irá impulsionar as vendas do No Bones. Com um faturamento mensal de R$ 30 mil, os pratos podem ser servidos com cervejas artesanais, sucos naturais, dentre outras opções. "Além de oferecer um vasto cardápio para veganos e vegetarianos, nossa missão é utilizar do Appetite Appeal para atrair consumidores de proteína animal", completa.
DCI - 03/07/2017
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