segunda-feira, 11 de julho, 2016

Alcatel acirra briga no segmento de smartphone

Depois de ver seus planos iniciais para Brasil se superar na metade do tempo, o grupo chinês TCL Communication, dono da marca Alcatel, colocará em ação um projeto mais ousado. Entrará em agosto no segmento de realidade virtual, com o lançamento um celular que inclui os óculos especiais.
A estratégia da empresa foi alterada em função dos resultados obtidos em apenas seis meses, antes dos 12 previstos. Há cinco anos no Brasil, os chineses iniciaram em 2015 uma reformulação completa dos seus quadros, com a contratação de executivos que traziam na bagagem anos de atuação em gigantes do setor como Samsung e Motorola.
Juntos, eles escolheram a dedo o portfólio que a Alcatel teria no Brasil, levando em consideração o gosto e o bolso do brasileiro na hora de escolher um smartphone. Por isso, a linha de produtos incluía celulares de R$ 400 até, no máximo, R$ 1 mil. "Definimos que iríamos nos concentrar no mercado médio e deu certo, porque, com a crise, este é o único segmento que continua vendendo, e garantimos o melhor custo-benefício", explica o gerente de produtos, Raphael Rocha.
A escolha foi tão certa que a empresa comemora a chegada ao quarto lugar no ranking de participação do mercado, dobrando a produção em sua fábrica de Manaus. Com isso, o Brasil já se tornou o quinto maior mercado da TCL/Alcatel no mundo inteiro, fazendo frente às operações nos EUA e México, segundo o executivo.
No lançamento da nova linha, no início deste ano, a empresa apostou nos promotores, que demonstravam os benefícios dos aparelhos, o que incluía além do aparelho, um pacote com capinhas, películas de proteção e até mesmo um cartão para expansão da memória dos aparelhos. "O brasileiro quer trocar capinhas e proteger melhor seu celular, além de ter mais memória no aparelho. E oferecemos tudo isso junto com o aparelho no mesmo pacote", explica Rocha, admitindo que o fato de os aparelhos não ser 4G não atrapalhou as vendas, uma vez que a rede de telefonia no Brasil não oferece ainda a frequência de sinal mais alta em muitas regiões do País.
Competição
Depois dos resultados positivos, a Alcatel decidiu acirrar agora a briga nos segmentos mais altos, com o lançamento do Idol 4, um aparelho com características mais robustas, que inclui 48 gigas de memória total, processador Octa Core da Qualcomm, a versão mais atual do Android do Google (a 6.0 Marshmallow), uma tela full HD de 5.2 polegadas e o óculos realidade virtual. O preço chegará a R$ 1.499, enquanto o rival, lançado pela Samsung, sai por R$ 3.499.
"Assim como ocorreu na indústria automotiva, vamos oferecer mais recursos a um preço melhor", diz o executivo da empresa chinesa. Para o lançamento, a Alcatel entrará com uma intensa campanha, que inclui propagandas em rádio, TV, revistas e internet. Tudo de olho num mercado de celulares, que fechou o primeiro trimestre de 2016 com 10,3 milhões de aparelhos vendidos em todo o Brasil, segundo dados levantados pela consultoria IDC. Deste total, 89,8% são smartphones.
DCI
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