sexta-feira, 13 de maio, 2016

Receita da Marfrig cresce 16% no 1º trimestre

São Paulo - A Marfrig Global Foods, um dos maiores frigoríficos do mundo, obteve receita de R$ 4,90 bilhões no primeiro trimestre de 2016, crescimento de 16,1% sobre os R$ 4,22 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.
A maior participação da Keystone - divisão voltada para o fornecimento de alimentos em restaurantes e varejo, principalmente no mercado asiático, que responde por 50% dos negócios - somada à valorização do dólar frente ao real resultou no desempenho positivo.
O lucro bruto da empresa saiu de R$ 474 milhões para R$ 576 milhões, alta de 21,5%. A meta para 2016 é receita líquida de até R$ 24 bilhões, totalizando crescimento de 26%. Até o momento foram R$ 4,9 bilhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Marfrig registrou variação de 25% sobre o mesmo período de 2015, de R$ 354 milhões para R$ 443 milhões.
"São dois pilares: o ambiente bom de commodities nos Estados Unidos; e a diversificação com as contas-chave, com crescimento de dois dígitos nos últimos anos", afirmou ontem o vice-presidente de finanças e diretor de relações com investidores da Marfrig Global Foods, Eduardo Miron.
Investimentos
A Marfrig já investiu R$ 108 milhões só no primeiro trimestre e a previsão é de chegar R$ 450 milhões a R$ 600 milhões para todo o ano.
"Queremos manter um excelente atendimento aos clientes, seguir capturando as oportunidades no mercado, e, obviamente, para a Marfrig Beef, ficar dentro do mercado de importação, e começar a exportação para a China, que foi uma abertura que se conseguiu no segundo semestre do ano passado", destacou o diretor presidente da Marfrig, Martin Secco.
Isso porque a divisão de carnes da companhia aumentou sua receita líquida em 6%, para R$ 2,46 bilhões - sendo R$ 1,32 bilhão destinado ao mercado externo. Porém, houve redução sobre o mercado interno: de R$ 1,20 bilhão para R$ 1,14 bilhão. "Em geral, esse negócio de Beef [carne] teve um primeiro trimestre mais fraco, pela sazonalidade. Mas tem um crescimento importante na receita da companhia. Houve ajuda também com o efeito do tipo de câmbio", analisou o diretor da empresa. Com isso, a exportação saltou de 43% em 2015 para 50% nos três primeiros meses de 2016.
"Comparando o volume de abate do ano passado e o atual, 43% ia para o mercado exterior e esse ano já chega a 50%. Isso significa que a Marfrig elevou a produção? Não. Foi uma parte do mercado interno que foi para fora", explicou Secco.
China
Na opinião do diretor global, mesmo com desaceleração da economia chinesa, a demanda por carne continuará em alta naquele país.
"Começamos as vendas na metade do ano passado [para a China], depois tivemos um período que é sempre um pouco mais fraco, com o fim do ano chinês. O mercado está muito bom, a demanda está muito firme", declarou Martin Secco.
A Marfrig atende a China com três plantas no Brasil, quatro unidades no Uruguai e outra na Argentina. Não há perspectiva de aumento no volume exportado aquele mercado, já que não estão previstas novas operações no Brasil.
"Eles estão estudando o comportamento da cana [de açúcar] brasileira. Isso necessita de um processo de confiança entre os dois governos", disse. "Portanto, se não há o aumento de plantas da Marfrig ou de outra indústria, o volume vai se manter mais ou menos como está hoje", finalizou.
DCI - 13/05/16
Produtos relacionados
Ver esta noticia em: english espanhol
Outras noticias
DATAMARK LTDA. © Copyright 1998-2024 ®All rights reserved.Av. Brig. Faria Lima,1993 3º andar 01452-001 São Paulo/SP