terça-feira, 07 de julho, 2015

Forno de Minas leva pão de queijo a cinemas dos EUA

Em um esforço para aumentar as vendas em seu principal mercado de exportação, a Forno de Minas, empresa de alimentos congelados, fechou um acordo com a rede americana de cinemas Cinemark para vender pães de queijo em salas de exibição nos Estados Unidos.
Desde junho, o produto está à venda nos quiosques dos complexos do Cinemark, ao lado de produtos tradicionais como pipocas, chocolates e refrigerantes, entre outros itens.
Essa é a primeira janela que a companhia brasileira, líder na venda de pães de queijo congelados, tem para atingir o consumidor americano de classe média. Os EUA já são o maior importador de pão de queijo da empresa. Por mês, são nada menos que 75 toneladas embarcadas em três contêineres para o país. Mas, até agora, a clientela da Forno de Minas nos EUA é formada basicamente por imigrantes brasileiros e de outros países latino-americanos, que compram pãezinhos de queijo em mercados voltados para esse público, principalmente na costa leste.
"O Cinemark é o nosso primeiro grande cliente que tem visibilidade e foco no consumidor americano", disse Helder Mendonça, presidente da empresa, que tem sede em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Um pacote com cinco pães de queijo será vendido em quiosques de 36 complexos na Flórida, na região conhecida como Mid-Atlantic, que abarca Nova York, Washington D.C. e outros Estados no influente extremo norte da costa leste. O produto também será distribuído em Houston, Dallas, Los Angeles e San Francisco.
A Forno de Minas já vende pães de queijo nas salas de exibição da Cinemark no Brasil. Mendonça contou que ao conversar com executivos da rede nos EUA, a ideia teve boa acolhida. O produto ganhou pontos extras na discussão, lembra o empresário, por ser livre de glúten, uma condição cada vez mais procurada pelo consumidor americano.
Pelo acordo inicial, uma estufa e um banner vão atrair a atenção para a novidade nos quiosques da rede Cinemark. Mendonça trata essa primeira etapa de venda nas salas americanas como passo para um negócio que pode ser bem maior.
"Eles têm mais de 300 complexos de cinema nos EUA e a gente quer chegar a todos eles", disse o empresário. O Cinemark, disse Mendonça, é uma grande vitrine para o produto, um local para as famílias americanas experimentarem a especialidade mineira e depois passarem a compra-la em outros ambientes.
A empresa montou uma filial em solo americano que vende o produto para supermercados, cafeterias e restaurantes.
Uma embalagem especialmente desenhada para o mercado americano apresenta o produto como "cheese roll". Mas o nome pão de queijo também aparece em destaque.
As exportações representam 8% do faturamento da Forno de Minas e a meta da empresa é aumentar essa faixa para 25% até 2020. Das 120 toneladas exportadas por mês, para vários países, os EUA respondem por 75 toneladas. Canadá, Portugal, Inglaterra, Chile, Peru, Uruguai e Emirados Árabes são alguns dos demais destinos das exportações. A empresa prevê para este ano o início das vendas na Itália, na Suíça e no Japão.
A expectativa da Forno de Minas é aumentar o faturamento entre 25% e 30% neste ano em relação a 2014, o que daria algo em torno de R$ 300 milhões, disse Mendonça. O investimento neste ano pode chegar perto de R$ 30 milhões. Os recursos serão destinados ao lançamento de uma linha de produtos - mantida em segredo - e à ampliação de capacidade de produção em algumas linhas.
No ano passado, Mendonça e os sócios decidiram rever uma estratégia que vinham estudando desde 2013. Em junho daquele ano, Mendonça anunciou que pretendia vender de 20% a 30% do capital da empresa e, com isso, levantar cerca de R$ 150 milhões.
O sócio investidor os ajudaria em um plano para entrar no segmento de panificação. A ideia, contou ele, era construir várias pequenas unidades de produção de pão francês, italiano, ciabata e baguete, entre outros produtos, para atender supermercados e suas lojas de bairro.
O plano foi engavetado e, neste ano, com a economia em retração, tornou-se ainda mais distante. O que os sócios pensam agora é partir para uma experiência nessa linha, mas em menor escala, com um investimento menor.
A Forno de Minas foi criada em 1990 por Maria Dalva Couto Mendonça, que hoje administra o negócio com os filhos Helder e Helida Mendonça, e com o sócio Vicente Camiloti.
Valor Economico
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