quinta-feira, 22 de outubro, 2015

Venda da Coca-Cola cai 4% no terceiro trimestre no Brasil

O balanço da Coca-Cola Company, divulgado ontem, mostra que o volume de vendas no mercado brasileiro caiu 4% no terceiro trimestre, em relação a igual período do ano passado. No mercado mundial, as vendas cresceram 3% e na América Latina houve expansão de 2%.
A crise econômica que afeta o poder de compras das famílias no Brasil afetou o resultado. A empresa informou que "o cenário atual da economia brasileira afeta o desempenho da maior parte dos setores da indústria nacional, inclusive o de bebidas, impactado por fatores como aumento do desemprego e inflação em alta, que criam incerteza na população e forte desaceleração do consumo das famílias".
Na América Latina houve alta de 8% no volume de vendas de sucos e de dois dígitos nas bebidas esportivas. O avanço foi puxado pelo México e pela América do Sul, com exceção do Brasil, onde houve retração.
Apesar do mau desempenho no país, a Coca-Cola Brasil disse que "não mudará seu plano de investimentos, de R$ 2,7 bilhões somente em 2015. A empresa já havia acelerado os investimentos para o quinquênio de 2012 a 2016, com R$ 14,1 bilhões, 50% a mais do que no período anterior".
No último trimestre o volume de vendas mundiais de refrigerante cresceu 2%, enquanto de bebidas não gaseificadas subiu 6% em igual período. As marcas Sprite e Dasani (de água), foram as mais atingidas pelo câmbio, já que a maior parte do lucro delas provém de fora dos Estados Unidos. No último trimestre, a valorização da moeda americana provocou impacto de 12 pontos percentuais no lucro por ação. O balanço apontou também queda de 31% no lucro, para US$ 1,45 bilhão. Em igual período do ano passado o lucro havia somado US$ 2,1 bilhões.
O balanço mostra ainda que a receita caiu 4,6% no período, tombo acima das estimativas de analistas, para US$ 11,4 bilhões. O recuo maior que o esperado foi provocado pelo dólar mais forte no mercado internacional, apesar da melhoria nas vendas. A Coca-Cola gera a maior parte do seu lucro com vendas fora dos EUA.
O resultado pressiona o CEO mundial Muhtar Kent para que mantenha um agressivo programa de corte de custos e aumento da produtividade. Entre as medidas está a melhoria da distribuição na África, Europa e EUA.
Os dados do balanço consideram refrigerantes, sucos, isotônicos e água engarrafada.
Valor Economico
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