sexta-feira, 19 de setembro, 2014

Michelin lança tecnologias para pneus do Brasil

Melhorias para reforço não podem ser vistas: novo composto de borracha na carcaça e revestimento de nylon do aro

De olho na evolução dos veículos comerciais pesados, a Michelin escolheu o Brasil para lançar sua nova geração de tecnologias que aumentam a performance e vida útil dos pneus para caminhões e ônibus. Toda a família de pneus Multi Z passa a contar com a XCore, conjunto de uma série de melhorias que reforçam a carcaça a partir das três áreas do pneu: talão (área em contato com a roda), topo (que fica em contato com o solo) e flanco (laterais).
O pneu ganhou um novo composto interno de borracha, reforçando a estrutura e aumentando, segundo a fabricante, sua resistência a choques, perfurações e infiltrações. Uma nova proteção em nylon também foi acrescentada ao redor do aro, área que fica em contato com a roda: antes formada de camadas apenas de borracha, agora é composta de um sanduíche de borracha com nylon, proporcionando maior resistência ao aquecimento excessivo no talão. A terceira modificação consiste na redução da distância entre os cabos do topo do pneu, aumentando resistência a agressões na banda de rodagem.
Segundo Feliciano Almeida, diretor de marketing e vendas de pneus de ônibus e caminhões da Michelin para a América do Sul, o desenvolvimento dessas tecnologias – genuinamente brasileiras - são a resposta para as necessidades do transportador local, que enfrenta em todo o País as mais diferentes e severas condições de uso dos seus veículos.
“Dentro do conceito inovação, a Michelin se preocupou em entender a necessidade local, criando inovações que aumentam em até 10% a vida útil total do pneu, além de aumentar seu nível de recapagem.”, disse.
O executivo destaca que a maior vantagem é a durabilidade do pneu, o que permitirá ganhos de produtividade ao utilizar toda sua capacidade de utilização: “Sabemos que o pneu é um dos três maiores custos de um transportador. Era necessário criar soluções adaptadas para que o cliente tenha uma carcaça que dê a ele maiores vantagens de produtividade. Por isso essas novas tecnologias vem ao encontro dessa demanda, ao contribuir para a redução do custo operacional do transporte, seja ele de cargas ou de passageiros”. Acrescentou que a nova tecnologia agrega aumento de 1% no preço dos pneus a partir do próximo mês, quando estarão disponíveis no mercado.
A gerente de marketing e produto, Fernanda Pimenta, destacou que para definir tais melhorias, a empresa traçou um perfil de 200 mil pneus utilizados no Brasil e reunidos em uma base de dados durante 14 anos, para identificar quais as maiores causas da ‘morte prematura’ dos pneus no País.
“Constatamos que danos acidentais que causam perfurações e infiltrações, além dos danos de resistência no talão são os maiores responsáveis pela inutilização dos pneus de carga, o que nos levou a desenvolver tecnologias de reforço para importantes áreas do produto.”
Ela conta que para validar as novidades, a Michelin realizou testes em 80 mil pneus por quatro anos até finalmente chegar à tecnologia hoje apresentada ao mercado nacional. Por ora, cada melhoria será aplicada de acordo com as necessidades das categorias de pneus: o novo composto interno de borracha será utilizado em todas as versões de pneus, tanto os urbanos, quanto rodoviários e mistos, enquanto a nova proteção de nylon do aro será empregada nos urbanos e rodoviários, e a redução de distância entre os cabos do topo do pneu nos urbanos e mistos.
MAIS PLANOS DE EXPANSÃO PARA O BRASIL
O presidente da Michelin para a América do Sul, Jean-Philippe Ollier, disse que a nova geração de pneus com tecnologias de reforço e durabilidade vão contribuir para o aumento da competitividade do transporte brasileiro e que seu desenvolvimento faz parte do aporte de € 60 milhões que a Michelin dispõe anualmente para a área de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em todo o mundo, incluindo o Brasil.
Reforça ainda que outras novidades devem surgir dentro do universo de pacotes de tecnologias XCore e que elas poderão ser expandidas para outros países em que a empresa atua, conforme a necessidade de cada mercado.
Sobre novos planos de expansão, Ollier diz que a Michelin concluiu o aporte de US$ 1 bilhão dedicado para operações industriais e aumento da capacidade produtiva, que incluiu os € 300 milhões para a ampliação da fábrica de Itatiaia (RJ), em 2012 (leia aqui).
“Existem novas ideias de investimento para o segmento industrial, incluindo Itatiaia, em que podemos investir duas vezes mais do que fizemos nesta primeira fase de expansão”, revelou.
Guia do Transportador - 19/09/2014
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