segunda-feira, 15 de dezembro, 2014

Produção de ração em ritmo de expansão

Apesar da preocupação com o desempenho da economia brasileira em 2015, a produção nacional de ração tende a crescer 3% no próximo ano, prevê o vice-presidente de executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), Ariovaldo Zani.
Se essa projeção se confirmar, a produção (incluindo sal mineral destinado a bovinos) chegará a 69,3 milhões de toneladas. De acordo com Zani, a avicultura será, mais uma vez, a principal responsável pelo crescimento.

A expectativa do dirigente é que, devido aos preços mais salgados da carne bovina, o brasileiro continue a optar, como no fim deste ano, por trocar o produto pela carne de frango, o que é positivo para a indústria de ração. No Brasil, o gado é tradicionalmente alimentado a pasto, utilizando menos ração.
Neste ano, a avicultura já puxou o avanço da produção de ração no país, conforme dados divulgados na sexta-feira pelo Sindirações. Ao todo, a indústria brasileira de nutrição animal produziu 67,3 milhões de toneladas de ração em 2014, alta de 4,1% ante as 64,6 milhões do ano passado.
Do total produzido neste ano, as rações para aves responderam por 54,9%, ou 37 milhões de toneladas, o que significou um aumento de 3,6% na comparação com as 35,8 milhões produzidas no ano passado.
De acordo com Zani, esse aumento na produção de ração para a avicultura foi sustentado por um ligeiro crescimento da produção de carne de frango. Conforme estimativa divulgada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a produção brasileira de carne de frango aumentou 2,8% neste ano, somando 12,65 milhões de toneladas.
Além do desempenho da avicultura, o Sindirações também destacou o avanço da produção de ração para bovinos de corte e de leite - que registraram avanço de 6,3%, para 8 milhões de toneladas, segundo o Sindirações. Agregadas pelo sindicato em um número separado, a produção de sal mineral, também destinado a bovinos, cresceu 10% no ano, atingindo 2,2 milhões de toneladas.
No caso da demanda por ração e sal mineral para bovinos, o efeito do clima seco sobre as pastagens foi um dos fatores que estimulou as vendas de ração, na medida em que os pecuaristas tiveram de ampliar o nível de suplementação. Além disso, a alta das cotações do boi gordo, que atingiu patamar recorde neste ano, também favorece a demanda por ração. Capitalizado, o pecuarista pode investir mais em nutrição.
Valor Economico
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