Thursday, November 01, 2018

Startup paulistana de bicicletas elétricas prepara-se para dobrar produção

A startup brasileira de bicicletas elétricas Vela prepara-se para elevar sua produção para 100 unidades mensais e ampliar o número de lojas físicas, além do e-commerce. É um marco para um projeto que começou em 2012, com fabricação praticamente artesanal. Os modelos têm design próprio e são montados em uma fábrica em Pirituba, zona norte da capital paulista. O projeto é nacional. Apenas a bateria e a fiação elétrica são importadas da China, Coreia do Sul e Taiwan. Todas as bikes são feitas sob medida para o cliente, que pode escolher o tipo de quadro mais adequado para sua altura e envergadura, o aro das rodas e outros itens, como acessórios e pintura – há 13 opções de cores. Os preços variam de R$ 4.690 a R$ 5.890.Até fins de 2018 a empresa quer zerar a fila de espera pelo produto, hoje em torno de dois meses e meio e com 250 clientes, conta o fundador e CEO, Vitor Cruz. O plano é entrar em 2019 com o volume mensal de montagem de 100 unidades, o dobro da média de 50 que a empresa apresentava até maio. O número começou a subir em junho e, em agosto, já estava em 80 unidades por mês. Além de produzir, a empresa comercializa os modelos por meio de e-commerce próprio e de lojas físicas, que também atuam como ponto de apoio para prestação de serviços. A loja matriz, no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, reúne showroom, comércio de seminovas e mini shopping de acessórios, além de oferecer assistência técnica.O formato enxuto (pocket shop), com espaço e estoque restritos para manter o custo operacional baixo, foi adotado também nas lojas abertas recentemente no Rio de Janeiro (em agosto) e em Brasília (setembro). O plano é inaugurar uma em Curitiba ainda em 2018 e outra em Belo Horizonte no ano que vem.Atualmente com 45 funcionários e esperando faturar R$ 5 milhões este ano, Cruz calcula que a Vela começará a dar lucro em 2019. Ao todo, a empresa já recebeu R$ 2,6 milhões em investimentos.O começoO projeto teve início em 2012, quando Cruz cursava Engenharia Mecânica e percebeu o surgimento das bicicletas elétricas em polos tecnológicos na Ásia e na Califórnia, nos EUA.“Pensei em começar algo do zero, moldando-o ao público e à mobilidade do Brasil”, conta o fundador. “Pensei em importar o mínimo possível. A primeira bicicleta eu fiz para mim mesmo, como solução para minha locomoção diária.”Dois anos após as primeiras unidades artesanais, configurou-se o atual modelo de negócios. Em 2015, as magrelas começaram a ser montadas para o varejo. “Nesse meio tempo fiz uma apresentação da proposta no Catar e uma campanha de financiamento coletivo nos EUA. A partir dali vieram muitos pedidos”, relata.Em 2016, o impulso veio pelo aporte de dez investidores anjos, que injetaram R$ 2 milhões no projeto. Posteriormente, seis deles acabaram tornando-se parceiros da Vela, totalizando os atuais sete sócios.Segundo o fundador, o principal desafio foi adequar o projeto à legislação de trânsito do País, cheia de detalhes. “No Brasil o acelerador é proibido a bicicletas, então adaptamos o pedal como ponto inicial para ligá-la. Com isso, há sempre um esforço inicial devido ao peso da passada que desbloqueia o sistema elétrico. Por isso estamos estudando um botão de ignição rápida”, diz.Características técnicasA velocidade varia em duas marchas – de 0 a 10km/h e de 10 a 25km/h –, o que exige do usuário alguma perícia na condução. As marchas podem ser controladas por um botão no lado esquerdo do guidão. Em ladeiras íngremes, o esforço pode tornar-se demasiado sem a redução para uma marcha mais forte (de zero a 10 km/h).Também é possível usar a bike da maneira tradicional, excluindo a bateria. Nesse caso, porém, o peso pode dificultar o pedalar. As bikes da Vela têm de 18 kg a 23 kg, dependendo do modelo – mais leves, portanto, do que a média de 28 kg a 30 kg de outras elétricas, só que mais pesadas se comparadas a uma bicicleta comum, em geral com 15 kg.Em forma de tubo, a bateria é embutida junto ao tronco principal do chassi e pode ser retirada facilmente. A carga completa é recarregável em duas horas e garante até 30 km em uso contínuo.O motor tem 350w de potência. Os modelos apresentam ainda faróis frontal e traseiro, fiação embutida e entrada USB, além dos acessórios e características escolhidos pelo cliente.
DCI - 31/10/2018
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