Wednesday, October 01, 2014

Para Whirlpool, mercado deve crescer de 2% a 3%

As indústrias fabricantes de linha branca, que neste ano tiveram vendas mais fracas devido à decisão de consumidores de adquirir aparelhos de TV para assistir aos jogos da Copa do Mundo da Fifa, tendem a apresentar um desempenho de vendas um pouco melhor em 2015, na avaliação de Armando Ennes do Valle Júnior, vice-presidente de relações institucionais e sustentabilidade da americana Whirlpool na América Latina.
O executivo prevê para o segmento uma expansão de 2% a 3% em vendas no próximo ano. A projeção refere-se ao mercado como um todo - as perspectivas para as vendas da companhia não são divulgadas. "Não vai ser um ano de crescimento enorme, mas não há grandes preocupações, a não ser os níveis de inflação", afirmou.
Valle estima que o crescimento no próximo ano será impulsionado principalmente pelas vendas de máquinas de lavar louça, devido ao apelo de consumo menor de água, e pelas vendas da máquina de bebidas em cápsulas - que faz de chás a refrigerantes - anunciada em agosto pela companhia.
O executivo diz que a inflação precisa cair no curto prazo, para estimular o aumento do consumo. Sem citar números, ele disse que as indústrias já têm sofrido deterioração em receita e margem em função da inflação alta. Valle afirmou ainda que, se o próximo governo for eficiente no controle da inflação, o setor tende a apresentar um crescimento mais acelerado a partir de 2016.
Na visão de Valle, o resultado da eleição presidencial não causará um grande impacto nas perspectivas para o mercado de eletrodomésticos brasileiro. "Claro que se a Marina Silva for eleita, as questões mais ligadas à sustentabilidade tendem a ser um pouco mais complexas, mas não piores. Se permanecer a Dilma Rousseff não vejo grandes mudanças", disse.
O executivo avalia que o governo atual já tem adotado medidas para assegurar uma melhora no cenário econômico. "Não acredito que irão deixar as mudanças para o ano que vem. Em quatro a cinco semanas, devemos ver reajustes em tarifas e outras medidas sendo tomadas", afirmou.
Valle defendeu a exoneração tributária para a exportação de linha branca como alternativa para ganhar competitividade e ampliar a produção local, reduzindo custos e preços também no mercado interno. O executivo participou ontem do seminário "Brasil 2015 - Perspectivas para o País", promovido pela Amcham em São Paulo.
Valor Econômico - 01/10/2014
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