Vendas de vinhos finos, espumantes e suco crescem no início do ano

As vendas de vinhos finos, espumantes e sucos apresentaram expansão no primeiro bimestre do ano. O destaque foi o volume de suco que, somente em fevereiro, atingiu 19 milhões de litros, um avanço de 60,15% ante o mesmo período de 2021. Vinhos finos apresentaram expansão de 34,39%, para 1,2 milhão de litros. Já os espumantes registraram a melhor performance em janeiro, quando atingiram 1,1 milhão de litros, com alta de 89,16% ante janeiro do ano passado.
Quando consideradas as vendas totais de vinhos finos, espumantes e suco de uva em janeiro e fevereiro, houve um aumento de 53%, para 40.509.731 litros, distribuídos em diversos canais e também direto ao consumidor.
A expectativa é que o comportamento se mantenha em alta, especialmente em relação aos vinhos tintos com a aproximação do inverno. “O ano começou bem. Os eventos retornaram, o que é muito bom para movimentar o mercado de espumantes. Os restaurantes e hotéis voltaram a ter maior ocupação e, consequentemente, maior consumo”, avalia o presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), Deunir Luis Argenta.
De acordo com o executivo, o setor está muito otimista, ainda mais depois da safra 2022 ter encerrado com êxito frente a qualidade das uvas, mesmo diante da forte estiagem registrada nos últimos meses.
Fatores econômicos, de logística, tributários, além da percepção da qualidade, do preço justo, o surgimento de novas regiões produtoras, o desenvolvimento do enoturismo e a própria mudança de hábitos com a valorização da produção local vêm contribuindo para o ganho de competitividade e, consequente, avanço nas vendas. “O vinho brasileiro vive seu melhor momento na história da vitivinicultura nacional. “De gole em gole estamos conquistando mais espaço na mesa do brasileiro. Isso tudo é fruto de muito trabalho e investimento do vinhedo no ponto de venda”, afirma Argenta.
Segundo a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), hoje o consumo per capita de vinhos no Brasil é de 2,4 litros. A barreira por 2 litros foi rompida durante a pandemia.