quarta-feira, 19 de maio, 2021

Brasil tem 343 startups de ESG, mostra relatório da ACE

A busca por melhores práticas ambientais chegou também às startups. De acordo com um levantamento inédito realizado pela ACE Cortex, braço de inovação corporativa da ACE Startups, já são mais de 300 startups no país dedicadas exclusivamente ao ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança).
Em seu primeiro relatório voltado ao cenário ESG do país, chamado de GrowthReport ESG e Inovação, a ACE mapeou 343 empresas que desenvolvem soluções com foco no meio ambiente, questões sociais ou em melhorias na governança de companhias de grande porte. Além disso, a empresa também compilou os principais acontecimentos, dados, índices e conceitos ligados ao ESG no Brasil e no mundo.
“Nosso principal objetivo era educar, explicar o que é ESG e fazer com que empresas entendam que esse é o novo mundo, e empresas que não entenderem isso terão muitos prejuízos daqui para frente”, diz Luis Gustavo Lima, CEO da ACE Cortex.
Das 343 startups, 180 atuam com soluções para o meio ambiente, 130 delas possuem negócios de impacto social e 33 desenvolvem soluções de governança. Para chegar ao número, a ACE disponibilizou um questionário na plataforma própria Growthaholics, que conta com mais de 2.000 startups em desenvolvimento e 5.000 empreendedores. Além disso, a empresa também ouviu as mais de 15 mil startups registradas em sua base.
O relatório foi, segundo Lima, o primeiro passo da ACE rumo a um mercado de corporate venture capital mais sustentável. A partir de agora, a ACE também passa a incorporar o viés ESG a todas as decisões de investimentos e parcerias com startups e, como continuação a essa jornada, a empresa também criou uma certificação em ESG para líderes que desejem levar as boas práticas socioambientais para dentro de suas companhias. As aulas ao vivo acontecerão entre os dias 25 e 27 de maio.
“A partir das conversas que surgiram durante a construção desse material, aprendemos que ESG tem mais a ver com geração de valor, sustentabilidade e impacto, do que com ações de forma isolada”, disse. Para Lima, não se encaixam em padrões ESG companhias que adotam ações específicas para suprir uma necessidade momentânea, mas que não façam dessas ações algo capaz de ser repercutido em forma de benefício à sociedade e aos investidores.
“Se você proteger a Amazônia, faz sim parte do ESG, mas não te torna uma empresa ESG, a menos que aquilo volte em forma de impacto positivo”, diz.
- Investimentos em ESG
Segundo um relatório elaborado pelo hub de inovação aberta Distrito, as startups de ESG encaram um bom momento no país. Essas companhias já receberam juntas o total de 991 milhões de dólares em investimentos ao longo da última década. Cerca de 90% de todo volume investido aconteceu nos últimos três anos. O setor social concentra boa parte dos aportes: foram 699,8 milhões de dólares captados (70,6%), frente 81,8 milhões de dólares destinados ao setor ambiental e 209,6 milhões no setor de governança.
Em 2020, mesmo diante de um cenário atípico e consideravelmente negativo para a economia, as empresas com soluções ambientais, sustentáveis e de governança receberam cerca de 278 milhões de dólares em aportes, divididos em 38 rodadas de captação. Os primeiros quatro meses de 2021 já concentram 26% do volume investido em 2020. O mesmo relatório do Distrito mapeou 740 startups de ESG no país.
https://exame.com/pme/brasil-tem-343-startups-de-esg-mostra-relatorio-da-ace/ Exame - 18/05/2021
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