segunda-feira, 06 de maio, 2019

Mercado reduz estimativa e passa a prever, pela 1ª vez, alta do PIB abaixo de 1,5% em 2019

Os economistas dos bancos reduziram, novamente, a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) e, pela primeira vez, passaram a estimar uma expansão abaixo da marca de 1,5% para este ano. A previsão consta no boletim de mercado, também conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Banco Central (BC). O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras. Para o crescimento do PIB deste ano, a previsão do mercado financeiro recuou de 1,70% para 1,49% na semana passada. Foi a décima queda seguida do indicador. O início das revisões para baixo na expectativa de crescimento do mercado financeiro para o PIB deste ano começou após a divulgação do resultado do ano passado – quando a economia avançou 1,1%. No fim de março, o Banco Central estimou uma expansão de 2% para a economia brasileira neste ano e o Ministério da Economia projetou um crescimento de 2,2% para 2019. Para o ano que vem, a expectativa do mercado financeiro de expansão da economia permaneceu estável em 2,50%. Os economistas dos bancos também não alteraram a previsão de expansão da economia para 2021 e para 2022 – que continuou em 2,5% para os dois anos. Inflação Para 2019, os economistas do mercado financeiro elevaram a expectativa de inflação de 4,01% para 4,04%. A meta central deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2020, o mercado financeiro manteve em 4% a estimativa de inflação – em linha com a meta central, de 4% para o próximo ano. No ano que vem, a meta terá sido oficialmente cumprida se a inflação oscilar entre 2,5% e 5,5%. Outras estimativas Taxa de juros - O mercado manteve em 6,5% ao ano a previsão para a taxa Selic no fim de 2019. Esse é o índice atualmente em vigor. Com isso, o mercado segue prevendo juros estáveis neste ano. Para o fim de 2020, a previsão continuou em 7,5% ao ano. Desse modo, os analistas continuam prevendo alta de um ponto percentual nos juros no ano que vem. Dólar - A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 permaneceu em R$ 3,75 por dólar. Para o fechamento de 2020, subiu de R$ 3,79 para R$ 3,80 por dólar. Balança comercial - Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2019 avançou de US$ 50 bilhões para US$ 50,39 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit permaneceu em US$ 46 bilhões. Investimento estrangeiro - A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, permaneceu em US$ 82 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas passou de US$ 84,68 bilhões para US$ 85 bilhões.
G1 - 06/05/2019
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