quinta-feira, 27 de setembro, 2018

CMPC quer se tornar líder no mercado Latino Americano de papel tissue

Novos ares estão soprando na CMPC. A empresa controlada pela família Matte está mais uma vez fazendo mudanças significativas em sua estrutura interna, mas agora pensando em como enfrentar um novo futuro, longe do barulho e do dano à reputação que o case causou pelo caso de cartel de tissue no Chile. A empresa quer revigorar outras áreas de negócio, diferentes do mercado de tissue tradicional e da celulose, para aproveitar os bons resultados que o setor florestal está mostrando e também para apostar na abertura de novos mercados. Atualmente, a CMPC está terminando o primeiro semestre com resultados históricos, impulsionado pelo bom preço que está registrando a celulose, commoditie que está atingindo níveis recordes, e também porque todas as plantas industriais pertencentes ao grupo de celulose estão atingindo sua operação máxima, que inclui a subsidiária brasileira Guaíba, a joia da holding. Junto com isso, a empresa está tendo um bom desempenho de reputação, sendo incluída no Índice de Sustentabilidade Dow Jones 2018, um dos principais indicadores de Wall Street. Além disso, a ação florestal alcançou na quinta-feira um novo máximo histórico, fazendo com que sua valorização do mercado de ações ultrapasse US $ 10.000 milhões. E é por esta boa raia que os membros do conselho decidiram analisar cada grupo de negócios, a fim de aproveitar os bons resultados esperados para este período. Novos ares Embora a análise interna ainda esteja em curso, uma coisa que os membros do conselho de papel deixaram claro é que eles querem revitalizar o negócio de madeira, uma área que foi um pouco esquecida após a expansão e otimização no ano de 2012, uma instalação que ainda há uma expectativa para atingir os níveis de produção esperados. “Este ano foi feita uma avaliação para analisar se era ou não vantajoso para a empresa continuar investindo em madeira e concluiu que sim. Agora, uma estratégia mais detalhada está sendo definida, mas também deve haver novos desenvolvimentos em breve”, disse um executivo próximo à holding. O critério que prevaleceu, diz a fonte, é fazer o melhor uso do pinheiro, a árvore que é usada, entre outras coisas, para madeira folheada. E a conclusão é que parece mais conveniente usar parte do pinheiro para esse negócio do que usá-lo completamente para fazer celulose, enfatiza a fonte. Mas o mercado já sabia sobre as novas intenções da CMPC. A mensagem foi entregue pelo novo gerente geral, Francisco Ruiz Tagle, no dia do investidor da empresa, em agosto passado, poucos dias depois de ter assumido sua nova responsabilidade na holding. O ex-gerente do negócio de celulose estará encarregado dos novos ares que o conselho quer para a CMPC, um impulso que já foi observado em abril do ano passado, com a mudança de imagem da empresa e que foi anunciada na reunião anual de acionistas da empresa. Os dias de Ruiz Tagle foram intensos. O engenheiro comercial da Universidade do Chile e sua equipe estão comprometidos com a modernização da empresa e uma das formas é abrir novos mercados para aproveitar as oportunidades oferecidas, por exemplo, o comércio eletrônico. E para isso, eles assinaram este ano para Christopher Irarrázabal, executivo Tottus, assumindo a gestão geral da subsidiária da empresa que deve crescer graças ao e-commerce. “Aqui você está olhando para todos os negócios possíveis, porque o que você quer é entrar nesse mercado com tudo”, diz um conhecedor das tarefas do novo executivo. Uma das coisas que estão sendo analisadas internamente na planta de conversão de Laja tem por finalidade fazer com que seja possível produzir sacos de papel canelado, pauta que ainda está em processo para inclusão dentro da empresa. Líderes da Latam Mas o negócio tradicional também está no programa de crescimento da CMPC, onde o protagonista é negócio de tissue, onde a empresa tem um compromisso ambicioso. O objetivo do grupo neste negócio é claro: eles querem ser os líderes da América Latina, um desafio pequeno, considerando o papel que desempenham no México, onde eles têm uma participação de mercado de 11%, e no Brasil, que detêm 8%. Para isso, pretende aumentar a participação de mercado em ambos os países, a fim de alcançar 17% e participação de mercado de 18%, principalmente financiado através de fusões, aquisições e crescimento orgânico, o disse o grupo. Há algumas semanas, a empresa fez uma mudança na subsidiária ligada ao “papel macio”. Esta é a criação da gestão da CMPC Tissue, sob a responsabilidade de Gonzalo Darraidou, que, por sua vez, ficará encarregado da gestão do Chile – por Patricio Arenas -, Brasil e México, o que deu relevância, agora eles terão um gerente exclusivo que se reportará diretamente a Darraidou e o segundo ao diretório CMPC Tissue. Soma-se a isso a indicação, há poucos dias, de Pedro Urrechaga, ex-gerente geral da CMPC Tissue Brasil, como novo CEO da CMPC Tissue do Cone Sul. Urrechaga será responsável pelas operações da Argentina, Colômbia, Peru, Equador e Uruguai. “Para crescer, tivemos que dar mais independência a esse negócio. Além disso, este é o negócio da CMPC, você precisa de uma administração diferente “, diz um executivo ligado a papeleira. Brasil: preparando o chão Mas o tissue não é a única área em que o diretório da empresa quer crescer. O mesmo também está sendo feito no negócio de celulose, onde o país para o crescimento natural da CMPC é o Brasil. De fato, essa foi uma das últimas mensagens que o ex-gerente geral da holding, Hernán Rodríguez, enviou ao mercado em maio passado. Na oportunidade, Rodriguez indicou que o crescimento potencial nesse mercado não será realizado antes de “cinco ou sete anos a partir de agora”. Isso porque a empresa precisa construir uma massa florestal para fornecer uma nova planta. E é aí que a empresa está se concentrando. Hoje, o slogan dentro da empresa é que a CMPC está “vitrineando” as fazendas do país do samba, procurando por terras mais ao sul de onde atualmente operam a usina de Guaíba, no Rio Grande do Sul. “A CMPC está se preparando para um crescimento futuro da celulose no Brasil”, destacam-se no mercado. Além disso, há uma boa razão para acreditar que a demanda por celulose continuará saudável nos próximos anos “. Na ocasião, também destacaram não terem nenhuma pressa, porque em sua apresentação destacou que o mercado está esperando a contribuição que a Arauco dará o mercado de celulose no futuro, com a entrada da primeira fase do Mapa, prevista para 2021.
Tissue on line - 26/09/2018
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