terça-feira, 03 de abril, 2018

Cia do Jeans prevê expansão de 20% em 2018

A mineira Cia do Jeans aposta na produção local da marca Wrangler para crescer tanto no segmento conhecido como western – voltado para uso no campo e em rodeios – como no urbano. Para 2018, a empresa projeta expansão de 20%.
Com fábrica em Colatina (ES) e sede em Belo Horizonte (MG), a empresa fechou uma parceria recente com a VF Corporation, dona da Wrangler, para produção local, o que deve reduzir o tiquete médio das calças jeans ao consumidor final da marca de R$ 300 para cerca de R$ 200 no segmento western. “Essas calças vão custar apenas 10% acima da concorrência, mas exatamente com a mesma qualidade das peças produzidas nos Estados Unidos”, garante o diretor da Cia do Jeans, Fernando Abras.
O executivo conta que as peças do segmento western precisam ser reforçadas para uso intenso e os clientes tradicionais da Wrangler conhecem bem o produto norte-americano. “Por isso precisamos produzir com a mesma qualidade. Tanto que o tecido usado lá fora não era produzido por aqui”, pontua. “Tivemos que desenvolver junto aos fornecedores os tecidos certos para usar na nossa produção”, complementa.
A Cia do Jeans já negociou a comercialização no segmento western com 800 pontos de vendas e a expectativa é atingir 1.500 até o final do ano. Além disso, a empresa está trazendo de volta ao País a comercialização das calças jeans urbanas da Wrangler, que pararam de ser vendidas localmente no final da década de 1990 sob licença de outro grupo têxtil. “O mercado de jeans urbano já é mais competitivo, portanto a retomada das vendas da marca deve ser mais lenta”, estima o executivo. Ele projeta que em 2020 as peças urbanas da Wrangler estejam em aproximadamente mil pontos de vendas em todo o Brasil.
Cenário
Diante de um horizonte ainda desafiador, a indústria têxtil vem enfrentando índices de crescimento baixos. Segundo o diretor da Cia do Jeans, o mercado encolheu durante a crise e muitas indústrias inclusive fecharam as portas. “Não houve crescimento do setor, pelo contrário, perdemos players no mercado”, conta Abras.
Neste sentido, ele acredita que a empresa pode continuar crescendo, mesmo com a crise. “O brasileiro está mais seletivo. Antes da recessão, ele passou a consumir produtos mais caros e de melhor qualidade e não quer voltar atrás. O consumidor vai escolher mais.”
No ano passado, a Cia do Jeans obteve um avanço de 26% do faturamento. “Vamos crescer em 2018 principalmente com a entrada de novos produtos”, observa.
Além do licenciamento da Wrangler, a empresa possui também as marcas Vilejack, Enrico Rossi e Scanner, que combinadas atendem aos públicos A, B e C. “Nosso foco é principalmente homens com mais de 35 anos”, relata.
A capacidade de produção de Colatina é de 250 mil peças por mês para todas as marcas do grupo. Neste primeiro ano, a Wrangler deve responder por aproximadamente 10% do volume mensal.
Abras avalia que, passado o pior momento da crise, o varejista terá que apostar nos modelos de alto giro. “Ele não pode errar”, avalia. A Cia do Jeans também entrará no varejo. “Depois de três anos consolidados no segmento urbano, passaremos a atuar com as lojas próprias”, pondera.
DCI - 03/04/2018
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