segunda-feira, 26 de março, 2018

Venda de livro avança 9,9% no 1° bimestre

O mercado de livros começa a dar indícios de uma recuperação mais consistente das vendas. Após crescer 1,5% em 2017, a receita do setor apresenta, nos primeiros dois meses deste ano, um crescimento acumulado de 9,9%. Há uma incerteza, entretanto, se a tendência de expansão verificada até o momento vai se sustentar ao longo dos próximos meses. “Ainda estamos em uma montanha russa. Tomara que a curva de crescimento se sustente, mas não sou cegamente otimista”, resume o presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL), Bernardo Gurbanov. A entidade realiza, em parceria com a GfK, estudo que mede as vendas mensais do setor, e que apontou para o crescimento acumulado de 9,9%. Segundo o dirigente, eventos como a Copa do Mundo e as eleições gerais podem interferir na tendência positiva que começa a se desenhar no mercado, mas a expectativa para o ano é um resultado positivo. “Vão ocorrer oscilações, principalmente por conta dos dois eventos, mas nossa perspectiva é que o setor termine o ano com um crescimento de aproximadamente 8%”, afirma. Nos meses de janeiro e fevereiro, o mercado de livros faturou R$ 573 milhões e vendeu 11,1 milhões de produtos, de acordo com o levantamento. Apenas em fevereiro, o faturamento foi de R$ 228 milhões, 10,6% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado. Em termos de volume, foram 4,5 milhões de livros vendidos (11,6% a mais, na comparação anual). O crescimento no mês passado foi puxado pelas categorias de histórias em quadrinhos e livros religiosos. A primeira apresentou um crescimento de mais de 51%. “Foi um aumento muito expressivo e sem precedentes”, diz o presidente da ANL. A ascensão da categoria está ligada ao grande número de lançamentos de filmes com temáticas de super-heróis, movimento que tem estimulado a procura por histórias em quadrinho que tratem desse assunto. “Antigamente os livros de histórias em quadrinhos eram mais com temáticas infantis, como Pato Donald e Turma da Mônica. Agora a Panini investe mais em livros e HQs caros, de super-heróis”, explica o presidente da rede de livrarias mineira, Leitura, Marcus Teles. Na empresa, as vendas em fevereiro subiram 3,5% no conceito mesmas lojas (que considera apenas as unidades abertas há mais de um ano). Em janeiro, segundo o empresário, a alta foi próxima da inflação. Com a melhora do cenário neste ano, a rede já está planejando ampliar o ritmo de aberturas de lojas. Teles conta que a Leitura deve abrir seis unidades e fechar duas deficitárias. Em 2017, foram três aberturas e três fechamentos de lojas. Promoções Outro fator que contribuiu para o desempenho dos dois primeiros meses do ano foi o maior nível de promoções. Enquanto nos dois primeiros meses do ano passado os descontos foram, em média, de 11,3%, este ano o percentual subiu para 13,6%. Para Gurbanov, promoções com descontos mais elevados tendem a ajudar no estímulo à compra.
DCI - 26/03/2018
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