segunda-feira, 05 de setembro, 2016

Chefs de cozinha ganham espaço em plataformas online

SÃO PAULO - Você já pensou em receber um chef de cozinha em sua casa, ou pedir comida a domicílio feita por um desses profissionais com apenas um clique? Empreendedores têm debruçado na área gastronômica para garantir essa oferta por meio de plataformas que atendem a demanda de agilidade e comodidade.
Este é o caso das startups Bloochef, Apptite e LocalChef. O trio entendeu que os melhores ingredientes para o bom andamento dos negócios era trabalhar com profissionais autônomos e faturar entre 12% e 20% sobre o valor total do serviço. E, claro, ter vasta oferta de especialistas disponíveis, para atender todos os gostos.
Com um ano em operação, o Bloochef, cuja startup homônima está sediado no Cubo - espaço de cowrking do Itaú, em São Paulo - é praticamente um marketplace de chefs. Por meio do site, o usuário visualiza os profissionais, suas especialidades, e pode conferir o que cada um oferece. Todos os menus incluem entrada, prato principal e sobremesa. O pedido mínimo é para duas pessoas.
Ao escolher um profissional, o cliente aguarda a confirmação de sua disponibilidade, e, em seguida, faz o pagamento direto na plataforma. "Na contratação do serviço já estão inclusos os ingredientes, arrumação, limpeza final e um ajudante. Do cliente, os chefs só utilizam a infraestutura [fogão e talheres]. Até as panelas eles mesmos levam", explica a diretora comercial da empresa nascente, Juliana Gonçalez.
Para entrar na lista do Bloochef, há um processo seletivo dos profissionais autônomos, como em uma contratação para vaga fixa em um restaurante. A curadoria da empresa faz uma pré-seleção do currículo do profissional, agenda uma entrevista para apresentação e depois busca referências de lugares que ele já tenha trabalhado.
"Após aprovado nessas etapas, nós chamamos o chef para fazer um teste com o cliente final. São três fases com a equipe do Bloochef, mas quem aprova na verdade é o cliente, na última etapa", revela Juliana.
Até o momento, são 55 profissionais atendendo na Região Metropolitana de São Paulo, e 700 clientes cadastrados. Juliana afirma que a empresa abriu com capital próprio dos quatro sócios, mas não revela o valor, nem o faturamento médio.

Foco no delivery
Voltada para o modelo delivery, o Apptite se concentra em trabalhar com pratos considerados "caseiros", feitos por quem sabe cozinhar e esta em busca de uma renda extra. A empresa foca em comidas artesanais, com ingredientes frescos, sempre buscando fugir do industrializado. A ideia é ser um serviço para quem precisa de refeições mais rápidas em seu dia a dia, seja em casa ou no escritório.
Os pedidos devem ser realizados com, no mínimo, duas horas de antecedência, e também podem ser retirados diretamente na casa do profissional. Até o momento, a empresa atua na cidade de São Paulo e permite encomendas de pratos individuais ou para grupos maiores. Quanto mais cedo for feita a encomenda, mais tempo o especialista na cozinha terá para o preparo, e mais opções de pratos estarão disponíveis.
"Por enquanto, estamos trabalhando com um raio de seis quilômetros a partir da Avenida Nove de Julho com a Avenida Brasil. Por isso deixamos aberto a opção de retirada. A única restrição em relação aos pratos oferecidos [pelos cozinheiros] é quando sabemos que o produto não combina bem com entregas de delivery", explica Guilherme Parente, cofundador do Apptite.
Em operação desde fevereiro, a startup tem 200 chefs disponíveis no aplicativo, escolhidos após processo seletivo, e quase 10 mil usuários cadastrados. Para sua fundação, sócios e um investidor anjo fizeram um aporte de, aproximadamente, R$ 500 mil. Segundo Parente, o faturamento mensal está em R$ 18 mil.
Atuando de maneira semelhante, a LocalChef também foca em delivery e trabalha com comidas artesanais. A startup atende na cidade de São Paulo e conta com chefs e restaurantes pequenos para a realização do serviço.
Fundada em fevereiro deste ano com recursos próprios, a empresa não abriu faturamento e informa que conta com 60 profissionais aprovados para trabalhar e conta com 700 usuários cadastrados.
"Para fazer um pedido, o cliente deve informar seu CEP e ver quais chefs estão disponíveis em um raio de cinco quilômetros. Fazemos isso para que a comida não chegue fria", diz Celso Misaki, CEO da LocalChef.
Assim como nas outras empresas, o empreendedor também realiza uma curadoria para a escolha dos profissionais, e utiliza um sistema de avaliação para cada um.
DCI
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