segunda-feira, 19 de setembro, 2016

Após 6 anos, Black Friday amadurece para tentar mitigar falsas promoções

São Paulo - Depois de um intenso trabalho desenvolvido por representantes do setor de comércio eletrônico para que não houvesse falsas promoções, a Black Friday deste ano deve ser caracterizada pela multiplicação no número de varejistas participantes e de clientes.
Segundo a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), o programa Black Friday Legal, elaborado para combater as ofertas fraudulentas, tem atraído um número surpreendente de adeptos do varejo on-line, entre grandes, pequenas médias empresa. A estimativa da câmara, inclusive, é de ultrapassar neste ano a quantidade de certificados de procedência emitidos na edição passada do evento varejista.
"Em 2013, após toda aquela polêmica, resolvemos criar uma medida que levasse boas práticas sobre o evento para os lojistas. Agora, em 2016, parece que conseguimos superar. O número de empresas adeptas é cada vez maior e isso traz confiança ao consumidor", explica o presidente da camara-e.net, Leonardo Palhares.
No ano passando, de acordo com ele, 120 comerciantes obtiveram a chancela da entidade com a garantia de que as suas promoções eram verdadeiras. Neste ano, a expectativa é de ultrapassar a marca de dois mil certificados.
Para Palhares, os lojistas se deram conta de que anunciar uma promoção inexistente não atrai o consumidor e ainda ajuda a defasar a imagem da empresa, que pode até correr o risco de ser processada ou perder direitos.
"Se varejistas chanceladas cometerem esse tipo de atitude, têm sua chancela retirada e a denúncia encaminhada aos órgãos competentes, como os de defesa do consumidor e o Procon", avisa Palhares.
A Black Friday deste ano deve contar com um número recorde de participantes. São esperadas que mais de duas mil. Ano passado, 408 lojas - fora as que não anunciaram suas participações - admitiram ter realizado liquidações na data.
Segundo um estudo da camara-e.net em parceria com o Sebrae, 20% destes comerciantes viram suas perspectivas de vendas serem superadas na Black Friday do ano passado. Outros 53% afirmam que concretizaram as vendas esperadas e 27% disseram que as saídas não foram como o esperado. Ainda de acordo com o levantamento, em média, o desconto nos preços oferecidos pelas lojas é de 30%.
Na edição 2015, a data movimentou mais de R$ 1,5 bilhão, segundo a consultoria especialista em implementação de projetos em comércio eletrônico E-Next. Este ano, a previsão é de superar este montante.
Pequenos avançam
A participação dos pequenos negócios na Black Friday aumentou quase que duzentas vezes na comparação entre a primeira e a última edição.
"É um avanço que comemoramos muito. Porém, é preciso que o comerciante faça uma série de revisões e planejamentos para que suas expectativas e metas sejam alcançadas na Black Friday", afirma o consultor do Sebrae, Jairo Lobo.
Entre as principais medidas a serem tomadas, ele destaca a negociação com fornecedores, controle de estoque, escolha dos preços e divulgação adequada. "Por meio das redes sociais, no que depender do seu público alvo", acrescenta.
Como incentivo, a camara-e.net anunciou o lançamento de um canal no YouTube para que os empreendedores aproveitem dicas de boas práticas enviadas por especialistas no setor. "O número de visitantes de um site participante chega a triplicar em um dia de Black Friday, frente a dias comuns. É muito importante que o negócio esteja pronto para atender o cliente bem", reitera Lobo.
Problemas de conexão e logísticos também são apontados como providenciais e que devem ser evitados na data.
Para 79% dos participantes de 2015, as vendas no dia da promoção foram maiores, em comparação com dias comuns, segundo o estudo da camara-e.net. Entre as grandes empresas participantes - com faturamento superior acima de R$ 3,6 milhões anuais - o índice de chega a 100%.
DCI
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