terça-feira, 05 de julho, 2016

Cerveja tem 2º tri melhor que esperado

O clima mais quente do que o esperado nos meses de abril e maio e a base de comparação baixa de 2015 favoreceram o mercado de cerveja no segundo trimestre do ano. De acordo com dados do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe) da Receita Federal, no segundo trimestre do ano, a produção de cerveja no país totalizou 2,99 bilhões de litros. Isso representou um aumento de 3,3% comparado ao mesmo intervalo do ano passado.
O resultado representa uma melhora pequena e não reverte as perdas acumuladas no ano, mas já foi melhor do que o esperado pelo mercado para o período. No semestre, a produção de cerveja caiu 2,2%, chegando a 6,33 bilhões de litros.
A equipe da Santander Corretora, por exemplo, esperava retração para o mercado de cerveja no segundo trimestre, em função do cenário de crise econômica, e queda de 2% no volume de vendas da Ambev, maior competidora no mercado. A companhia fechou o primeiro trimestre do ano com uma queda de 10% no volume de vendas de cerveja, enquanto a produção do setor como um todo encolheu 6,8% em cerveja. Em receita, a empresa registrou queda de 4% no Brasil, para R$ 6,5 bilhões.
Para a Ambev, única companhia de bebidas listada na BMF Bovespa, a perspectiva é de melhora. Ronaldo Kasinsky, analista do Santander, disse que o grupo realizou uma série de ações ao longo do trimestre para reforçar sua atuação no mercado. As iniciativas incluíram garrafas de vidro retornáveis, um novo chope Skol e novos formatos de venda no varejo - como as mini garrafas retornáveis, que tornam o preço mais acessível ao bolso apertado dos consumidores. Para o trimestre, a perspectiva é de uma pequena melhora em relação ao primeiro trimestre do ano.
A melhora também é esperada pela própria companhia, conforme anunciado pelo presidente da empresa, Bernardo Paiva, na teleconferência de resultados apresentada em maio.
Ao longo do trimestre, a Ambev apostou em várias frentes. Na categoria de cerveja premium, a companhia lançou linhas especiais com a marca Brahma Extra. No fim de junho, também reforçou a Bohemia, com o lançamento de três cervejas especiais, que se juntam às linhas artesanais das marcas Colorado e Wäls, adquiridas nos últimos meses.
A empresa também começou a distribuir no segundo trimestre as linhas da Sucos do Bem, adquirida no primeiro trimestre. A aquisição ajudará a compensar parte do desempenho negativo em refrigerantes. As vendas de refrigerantes da Ambev caíram 3,8% no primeiro trimestre, enquanto o mercado encolheu 7,8% no mesmo intervalo.
Nos seis primeiros meses do ano, a produção de refrigerantes no setor acumula queda de 4,2%, para 6,81 bilhões de litros.
A partir de agosto, Ambev, Coca-Cola e Pepsico se comprometeram a parar de vender refrigerantes em escolas de ensino fundamental e entregar apenas água de coco e suco 100% integral. A compra da Sucos do Bem mantém a Ambev na competição pelo mercado escolar.
Valor Econômico
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