terça-feira, 17 de maio, 2016

BR Malls dá desconto para atrair lojistas

São Paulo - A administradora de shoppings BR Malls afirmou ontem que está recorrendo à concessão de descontos para atrair grandes varejistas para seus empreendimentos, diante de um cenário de dificuldade para o varejo por conta da recessão e retração do consumo.
Em teleconferência com analistas de mercado sobre o resultado trimestral divulgado na última sexta-feira, o vice-presidente financeiro da companhia, Frederico Villa, não deu detalhes sobre o nível de descontos que a BR Malls está concedendo. Ele afirmou, porém, que a empresa está "perdendo um pouco no curto prazo, mas estamos trazendo lojistas mais fortes que possam trazer mais gente para nossos shoppings (...) Estamos olhando para o longo prazo".
Cenário atual
Durante a conversa com analistas, os executivos da companhia comentaram ainda que esperam melhora no cenário para o varejo no segundo semestre por conta da mudança de governo. Segundo Villa, a companhia está vendo um "cenário duro para o varejo, mas com a mudança de governo, acredito que a gente consiga ver alguma melhora mais para o segundo semestre, talvez no quarto trimestre".
Eles ressaltaram também que a fraqueza nas vendas de supermercados, móveis, eletrodomésticos e combustíveis fez o varejo brasileiro voltar a cair com força em março, levando o setor a fechar o primeiro trimestre com o pior resultado histórico, recuando 7% na leitura trimestral, o que também prejudicou o resultado da companhia, que se vê altamente associada ao desempenho do varejo.
Números
Apesar do cenário amplo de retração do varejo, a BR Malls divulgou na noite de sexta-feira lucro líquido de R$ 131 milhões para o primeiro trimestre, revertendo prejuízo de um ano antes. Segundo a empresa, o balanço foi apoiado pela valorização do real contra o dólar no período, que impulsionou o resultado financeiro. A receita, motivada pelo consumo fraco, foi para R$ 331,471 milhões, queda de 2,5% na comparação anual, quando a cifra foi R$ 339,858 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 244,058 milhões nos três meses primeiros meses de 2016, ante aos R$ 260,964 milhões verificados no mesmo período do ano passado, queda de 6,5%. Segundo o comunicado da companhia, as despesas com vendas dispararam mais de 90% na comparação ano a ano, somando R$ 27,3 milhões, com a maior parte do incremento devendo-se à provisão para devedores duvidosos.
DCI - 17/5/16
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