quarta-feira, 16 de março, 2016

Nova embalagem feita de caranguejo e toranja

Uma dupla formada por um estudante e um professor da Universidade Nacional de Singapura desenvolveu um material natural para embalar alimentos feito com elementos comestíveis que dobram o prazo de validade de alimentos perecíveis. A película é composta por quitosana, um extrato de açúcar proveniente da concha de caranguejos e outros crustáceos, infundido com um extrato de semente de toranja (GFSE). O novo material de embalagem melhora a segurança e a qualidade do alimento, e também é ambientalmente amigável. A quitosana é um polímero natural e biodegradável que é altamente compatível com os tecidos vivos; não é tóxico, evita o desenvolvimento de fungos, se decompõe rapidamente e tem uma excelente capacidade de formar uma película. GFSE é um antioxidante e possui grandes propriedades antissépticas, germicidas, antibacterianas, fungicidas e antivirais ​A película composta é livre de aditivos químicos. Somente um plastificante alimentício, um aditivo que aumenta a plasticidade do material e é seguro para o consumo humano, é adicionado para evitar que a película fique quebradiça. O processo de fabricação de pequenas quantidades do material leva somente um dia. Uma fina camada de GFSE filtrado é injetada em uma placa de Petri e então a quitosana em pó é adicionada. A solução é levada para secar em um forno e gradualmente se transforma em uma película transparente. Essa fórmula levou três anos para ser aperfeiçoada e testes laboratoriais com amostras de pão mostraram que os alimentos embalados com o novo invólucro duraram duas vezes mais que um produto embalado com embalagem sintética convencional. O material tem uma resistência mecânica e uma flexibilidade semelhante ao filme de polietileno sintético normalmente usado para embalar alimentos. Ele bloqueia efetivamente os raios ultravioleta emitidos por lâmpadas normais e fluorescentes que podem causar a oxidação e a degradação fotoquímica dos alimentos. Por fim, aumentar o prazo de validade dos produtos significa reduzir o desperdício de alimentos e a utilização de plástico, já que a maior parte da produção de plástico do mundo é usada para embalar alimentos. Os pesquisadores estimam que a embalagem levará em torno de três a cinco anos para chegar às prateleiras dos supermercados. Atualmente, existem dois principais desafios para a produção comercial em larga escala da embalagem: a película custa aproximadamente 30 por cento mais do que a embalagem de alimentos convencional, e quantidades maiores podem demorar mais tempo para serem produzidas.
Abre
Ver esta noticia em: english espanhol
Outras noticias
DATAMARK LTDA. © Copyright 1998-2024 ®All rights reserved.Av. Brig. Faria Lima,1993 3º andar 01452-001 São Paulo/SP