segunda-feira, 01 de fevereiro, 2016

Venda de eletrodomésticos deve recuar 10%, estima Whirlpool

A fabricante de geladeiras e máquinas de lavar Whirlpool projeta uma queda de 10% na demanda por eletrodomésticos no Brasil em 2016. A informação foi dada durante teleconferência para apresentação dos resultados da fabricante no quarto trimestre de 2015. A estimativa de encolhimento é reflexo do desempenho ruim da economia e se une à projeção de um mercado fraco dada pela Electrolux na semana passada.
Apesar de ruim, o indicador representa uma desaceleração na queda em relação a 2015. De acordo com a Whirlpool, a demanda de 2015 caiu 20%, sendo o pior momento o quarto trimestre, quando recuou 25%. A companhia lidera o mercado brasileiro com as marcas Brastemp e Consul. De acordo com Jeff Fettig, presidente do conselho e executivo-chefe da companhia, a expectativa é que o primeiro semestre de 2016 seja mais forte em termos de vendas do que a segunda metade do ano.
No quarto trimestre, o Brasil foi o responsável por puxar o resultado da Whirlpool para baixo na América Latina. Com a economia em recessão e o real desvalorizado, o país fez com que as vendas recuassem 34%, para US$ 845 milhões. O lucro operacional caiu 61%, para US$ 58 milhões.
Segundo Marc Bitzer, presidente e principal executivo de operações da fabricante, ao longo do ano, a companhia tomou medidas que reduziram em 30% os custos na região. Os preços também foram elevados para compensar os aumentos de custo resultantes da inflação. De acordo com ele, essas ações não tiveram todo o seu resultado contabilizado no quarto trimestre e ainda podem ter efeito nos próximos balanços.
Para 2016, a expectativa da Whirlpool é que a margem operacional na região fique entre 6,5% e 7,5%, em linha com o quarto trimestre. Os números são os mesmos para o Brasil. "Estamos no Brasil há 60 anos e nunca perdemos dinheiro lá. Continuamos em uma boa situação de rentabilidade", disse Fettig. Já Bitzer destacou que a estimativa para o Brasil inclui uma grande dose de confiança na manutenção do real no atual patamar ante o dólar.
A Whirlpool também fez destaque negativo para a demanda em outros países emergentes, como China e Rússia. A expectativa, no entanto, é que eles apresentem uma queda menos acentuada ao longo de 2016. De acordo com Fettig, esses mercados vão se estabilizar em 2017 e podem apresentar crescimento modesto em 2018. Os emergentes representam 15% das vendas da Whirlpool.
Globalmente, a companhia teve vendas líquidas 5% maiores, de US$ 20,9 bilhões. Excluindo os efeitos do câmbio, o avanço seria de 18%. O lucro líquido subiu 122%, para US$ 180 milhões. O resultado foi impulsionado pelo desempenho em mercados maduros. Já a Electrolux teve prejuízo de US$ 46,5 milhões no período, ante um lucro em igual período de 2014.
Valor Economico - 01/02/2016
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