sexta-feira, 12 de fevereiro, 2016

Preço de livros, revistas e embalagens vai aumentar, diz associação

Em carta encaminhada aos dirigentes da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e da Associação Nacional dos Distribuidores de Papel (Andipa), o presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) Nacional, Levi Ceregato, adverte sobre os impactos negativos que o aumento de cerca de 24% nos preços do papel terão no mercado brasileiro, com reflexo direto no bolso do consumidor.
"Os principais prejudicados serão os consumidores e a sociedade, pois o impacto será direto nos preços de itens fundamentais, como livros, revistas e embalagens de papel-cartão, amplamente utilizadas em medicamentos e alimentos", diz Ceregato no documento.
Em novembro, a Suzano Papel e Celulose anunciou reajustes válidos a partir de 1º de fevereiro de 24,3% para o papel de imprimir e escrever cortado (cut size) e de 23,8% para a linha off set. À época, o diretor da unidade de negócios de papel e celulose da companhia, Carlos Aníbal, afirmou que o papel-cartão da Suzano também ficaria mais caro, embora o percentual ainda estivesse em análise.
Questionado por analistas sobre a agressividade do reajuste proposto, o executivo justificou que "as variáveis de mercado suportam amplamente um aumento dessa magnitude", considerando-se câmbio, evolução dos preços domésticos e das cotações internacionais.
"Temos hoje parte expressiva de volume com rentabilidade na exportação maior do que no mercado doméstico e entendemos que essa lógica não faz muito sentido. Então, devemos ter preços no mercado doméstico que sejam compatíveis com mercado internacional", defendeu Aníbal.
De acordo com o presidente da Abigraf Nacional, o reajuste válido a partir deste mês se soma ao aumento de preços de aproximadamente 12% no ano passado, o que torna "demasiadamente oneroso o custo produtivo da indústria gráfica, num momento de recessão econômica e retração dos mercados".
"É preciso considerar, ainda, que se mantém o imposto de importação e o dólar elevado dificulta as compras externas do insumo. Nesse contexto, as gráficas ficam sem alternativas para buscar matéria-prima a preços capazes de impedir o reajuste dos impressos, em prejuízo da sociedade", diz.
Valor Econômico
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