O dono de uma distribuidora de lâmpadas teve que recriar a empresa para não fechar as portas. No ano passado, com o achatamento do mercado e o dólar muito alto, o importador de lâmpadas resolveu atender diretamente os clientes. A empresa, que faturava R$ 700 mil por mês, viu seu faturamento cair para R$ 29 mil mensais sem a venda das lâmpadas chinesas.
Para sobreviver, o empresário José Luiz D’Angelino Filho mudou o foco do negócio e começou a fabricar luminárias. Ele contratou um engenheiro elétrico para desenvolver luminárias com estrutura de PVC e alta resistência elétrica.
O primeiro produto foi um pendente, que é usado em oficinas mecânicas. Foi o maior sucesso: 30 mil peças vendidas. Com um novo caminho aberto, o empresário criou outros 50 modelos de luminárias: para galpões, escritórios e residências.
José Luiz fez um investimento de R$ 200 mil em moldes e estoque. Em média, os produtos ficaram 30% mais baratos que os importados. Toda a estrutura das luminárias é feita no Brasil e só a lâmpada de Led vem da China.
O empreendedorismo de José Luiz estimulou a indústria nacional: o empresário terceiriza praticamente toda a produção. Ele utiliza 17 empresas, todas pequenas, que trabalham e geram emprego. O empresário já vendeu mais de 150 mil luminárias.
De olho na economia de energia, Marcela Gengo, que é gerente de um posto de gasolina, por exemplo, colocou 32 luminárias na cobertura do posto. Além de diminuir o valor da conta de luz, a claridade ajudou a aumentar o movimento no posto de gasolina.
Globo
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