terça-feira, 22 de novembro, 2016

Adobe quer ser conhecida pelos profissionais do marketing no Brasil

Pode até soar um pouco machista perguntar a uma diretora qual a importância de suas conquistas para as mulheres, mas comandar o marketing de toda a América Latina, em uma empresa de tecnologia como a Adobe, traz para Gabriela Vieira a responsabilidade de ser a única líder mulher da empresa na região. “A área ainda é muito masculina, mas o mercado tem se transformado e estamos crescendo”.

A executiva assumiu em julho de 2016 como diretora de marketing da Adobe Latam, trazendo as experiências de suas passagens pelas gigantes Motorola, Google e, mais recente, Xiaomi. Há duas semanas, participou de sua primeira convenção mundial da companhia, a Adobe Max, realizada em San Diego, nos Estados Unidos. Entre muitas reuniões com líderes de todas as regiões do mundo e trocas entre mercados mais e menos desenvolvidos, Gabriela se sente confortável em dizer que está trabalhando em uma empresa que acredita.
Formada em publicidade, a executiva direcionou sua carreira para atuar com negócios, por acreditar que a área de marketing evolui muito rápido e precisa se atualizar na mesma velocidade, acompanhando outros mercados com os quais se comunica. “A educação vai sofrer uma revolução, e o Brasil tem duas grandes saídas: tecnologia e criatividade”, afirma Gabriela.
Esse, inclusive, é um dos argumentos da executiva para o apoio da Adobe à Ebac (Escola Britânica de Artes Criativas), que chegou ao Brasil neste ano. A escola nasceu na Inglaterra, como uma medida do governo para recuperar a indústria, que estava defasada. Optaram por investir na criatividade e o país inovou, desenvolvendo grandes designers, marcas e escolas que formassem esses profissionais.
“A escola no Brasil tem uma estrutura maravilhosa e é liderada por Maurício Tortosa. A ideia da economia criativa é muito maior que a Ebac, que é mudar a perspectiva do Brasil através da criatividade. Olhe para Cannes e podemos ver o que somos capazes de fazer. E a Adobe entra com o instrumento. Não precisamos mais ter um investimento muito alto para ter acesso ao melhor da tecnologia. Devemos fornecer instrumentos que vão permitir criar, por isso que apoiamos a Ebac”.
A marca Adobe é muito forte no Brasil. Gabriela afirma que, segundo uma pesquisa global da companhia, o jovem brasileiro é o que mais acredita que a criatividade é uma ferramenta para mudar o mundo.
Ao assumir o comando de uma área como a de marketing, Gabriela discute os desafios que tem pela frente no mercado brasileiro. “Os criativos sabem exatamente quem nós somos, mas os marqueteiros não. Temos a melhor ferramenta de analytics do mundo, mas no Brasil não se conhece bem. Não existe, na minha opinião, nenhuma outra empresa que una as duas coisas: o criar e o performar. A beleza do que fazemos está na união dos dois mundos, e quanto mais as nuvens Creative e Marketing conversarem, mais nos tornamos importantes”, afirma.
A executiva se refere aos dois carros-chefes da empresa baseados na nuvem, que vendem as ferramentas de criação, como Photoshop e Illustrator, e as de performance, como o Analytics, Campaign e Audiencce Manager. “Vendíamos caixinhas e tivemos a coragem de virar para o mercado financeiro e mostrar que mudamos a forma de trabalhar. Muitas empresas vão morrer sem fazer essa mudança. 50% das empresas que, na década passada, faziam parte das melhores, não existem mais”, exemplifica.
A maturidade de algumas empresas brasileiras, explica Gabriela, está chegando e a pressão do consumidor é grande. O brasileiro, segundo ela, adere às tecnologias e, por estar em um país emergente, passou por cima do computador, indo direto para o smartphone. “Existe hoje o grande tráfego mobile. Então as empresas estão sob pressão para reagir”.
Gabriela exalta a importância da tecnologia. “Com os nossos produtos, damos o cérebro para as empresas. No Brasil, vamos fazer uma diferença muito grande, porque não temos conflitos, afinal não vendemos mídia. Então se você usa nosso analytics, você não está entregando suas informações, nem para mim nem para o seu concorrente. Fazemos as empresas absorverem, aprenderem e reagirem”, conclui.
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