quinta-feira, 07 de maio, 2015

Dona da marca de dermocosméticos Avène investe R$ 50 milhões no Rio

Com a L’Oreal, uma de suas principais concorrentes avançando em território fluminense, o presidente da também francesa Pierre Fabre, Bertrand Parmentier, mais conhecida no Brasil pela marca de dermocosmética Avène, esteve no Rio de Janeiro na semana passada para anunciar novos investimentos no Estado. Na bagagem, R$ 50 milhões para ampliar a capacidade produtiva da fábrica de dermocosméticos do município de Areal, e garantir a manutenção dos incentivos fiscais.
Desde que a crise no setor de petróleo se agravou, com a queda no preço do barril e a diminuição no ritmo da Petrobras, provocada pelo impacto da Operação Lava-Jato,  o governo do estado tem revisado incentivos fiscais. O objetivo é melhorar a arrecadação, mas também reforçar setores nos quais identifica potencial de crescimento, como o de medicamentos e cosméticos. No caso da Pierre Fabre, conseguiu.
“É claro que não podemos trabalhar em um cenário fiscal que muda toda hora, mas temos confiança na solidez da economia do Brasil. O crescimento médio do mercado de dermocosméticos aqui é de 13%,  já ocupa a sexta posição mundial nesse mercado”, diz Parmentier. Os R$ 50 milhões equivalem a três vezes mais do que o investimento da Pierre Fabre na unidade entre 2010 e 2014, e permitirão quintuplicar a capacidade de produção. Também serão contratados mais de 100 novos empregados, que se somarão ao contingente de 250 pessoas que detém no Brasil. Com os investimentos, a companhia vai ampliar a fabricação da marca Darrow, de origem nacional, mas comprada pelo grupo francês em 2006. Também aumentará a capacidade de acondicionamento da linha Avéne, que  tem que ser produzida na França porque usa como base uma água termal local.
“O Brasil é estratégico para a Pierre Fabre. Representa 50% das vendas na América Latina e pode se transformar em uma plataforma de exportação para a região”, explica.
A Pierre Fabre ocupa o terceiro lugar mundial no setor de laboratórios, onde prioriza a produção de medicamentos oncológicos. No segmento específico de dermocosméticos, está em segundo lugar. O Brasil ainda representa uma parcela pequena do faturamento do grupo — foram R$ 70 milhões em 2014 contra os 2 bilhões de euros faturados globalmente. Para 2015, a expectativa é faturar R$ 90 milhões no país.
Diferentemente da L’Oreal, que está investindo em um centro de pesquisa na capital, a Pierre Fabre vai concentrar as pesquisas em dermocosméticos no país na própria unidade de Areal. Já na área de medicamentos, o grupo vai implantar uma nova plataforma operacional com centro de controle e de distribuição para a Pierre Fabre Médicament (PFM), no Rio de Janeiro. Além disso, firmou uma parceria com a EMS para o desenvolvimento de um biomedicamento para leucemia. Nesse caso, porém, Parmentier não divulga o investimento.
“No total, investimos 17% de faturamento em pesquisa e desenvolvimento em todo o mundo”, resume o presidente do grupo, cujo faturamento se divide entre dermocosméticos (55%) e medicamentos.
Valor Economico
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