Mars quer investir R$ 1 bi até 2020

São Paulo - A Mars anunciou ontem um plano de investir no Brasil R$ 1 bilhão até 2020. A empresa quer modernização suas linhas de produção e ampliar a capacidade, segundo o presidente do segmento de Chocolate e Alimentos da Mars Brasil, Filipe Fonseca.
"A Mars terá um aumento da produção local de chocolates M&M'S, Twix e Snickers. Todo o portfólio será produzido no País e podemos passar a exportar a partir do Brasil", destacou o executivo, após cerimônia para o anúncio dos planos.
Desse montante, de acordo com Fonseca, cerca de R$ 750 milhões ficarão no Estado de São Paulo. A empresa conta com fábricas em Mogi Mirim e Descalvado (alimentos para animais de estimação) e Guararema (chocolate). "Do valor total, aproximadamente R$ 500 milhões serão direcionados para a produção de chocolates", disse.
Dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) colocam o País como terceiro maior produtor e consumidor de chocolates e achocolatados no mundo. O consumo anual por pessoa é de 2,8 kg.
Cães e gatos
A fabricante de alimentos norte-americana também tem uma unidade industrial em Ponta Grossa, no Paraná, que demandará investimentos da ordem de R$ 250 milhões até 2020. A planta fábrica rações.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o setor deve faturar R$ 17,9 bilhões em 2015, sendo que a venda de alimentos deve representar 67% do total. A cifra representa expansão de 7,4% sobre um ano antes.
Em entrevista recente ao DCI, o presidente da Abinpet, José Edson Galvão de França, avaliou que a mudança no perfil de consumo desses produtos explica o bom desempenho do setor. "As pessoas estão gastando mais com os pets, investindo em ração, deixando de dar alimentos comuns para animais domésticos, uma prática que ainda é comum, principalmente fora das regiões metropolitanas", explica.
No ano passado, o Brasil ficou em terceiro lugar no ranking de faturamento global com o setor pet. O mercado norte-americano lidera a lista, seguido pelo Reino Unido.
Perspectiva
Filipe Fonseca comenta que os planos de investir no Brasil estão diretamente relacionados ao potencial de consumo. Segundo ele, apesar do quadro econômico desfavorável, o mercado brasileiro ainda apresenta um forte potencial.
A empresa continua registrando crescimento nos dois segmentos em que atua, ressaltada o executivo.
"Acreditamos no potencial do mercado brasileiro. O País é um dos maiores mercados de consumo. Estamos anunciando um investimento de longo prazo porque acreditamos que a economia vai se estabilizar", concluiu Fonseca.