segunda-feira, 19 de outubro, 2015

Apesar da crise, dona do M&M's vai investir R$ 750 mi em SP

A Mars anunciou nesta quinta-feira (15) um investimento de 750 milhões de reais no estado de São Paulo entre 2012 e 2018.
A empresa norte-americana produz no Brasil marcas de doces consagradas como M&M's, Twix e Snickers, além dos alimentos para cães e gatos Pedigree, Whiskas e Royal Canin.
Do aporte total, 500 milhões de reais serão destinados à linha de chocolates. A quantia será aplicada na ampliação da fábrica do produto em Guararema (SP), na melhoria de processos produtivos e em lançamentos.
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Com isso, nos próximos anos, a Mars vai passar a produzir localmente todo o chocolate que vende no país. Hoje, de acordo com a companhia "uma parte importante" dos itens é importada.
O restante do capital será investido em novas sedes administrativas na capital paulista, na expansão das plantas de alimentos para pets de Mogi Mirim (SP) e Descalvado (SP) e na diversificação do portfólio desse segmento.
A empresa também vai construir uma nova fábrica de produtos para animais em Ponta Grossa (PR), que deve ficar pronta nos próximos três anos.
Somados, os investimentos no Brasil chegarão a mais de 1 bilhão de reais no período entre 2012 e 2020. Eles devem gerar cerca de 450 empregos diretos, calcula a companhia.
Crescer na crise
Para Vladmir Maganhoto, presidente da Royal Canin no Brasil (uma das unidades de "Petcare" da Mars), o que permite à companhia seguir com planos robustos mesmo diante da crise é a sua escala, aliada ao foco no longo prazo.
"Operamos globalmente, o que faz com que os resultados em outras partes do mundo garantam os investimentos aqui, apesar das dificuldades. O Brasil tem uma economia interna forte, vai passar por esse momento de ajustes. Por isso, apostamos nas oportunidades futuras", disse em entrevista a EXAME.com.
De acordo com ele, a turbulência econômica ainda não provocou um grande baque na operação da Mars. Ainda assim, ela tem se precavido.
"As indústrias em que atuamos são mais resilientes quando há retração na economia. Mas estamos buscando eficiências, como a melhoria de processos e redução do consumo de água e energia, para não ter de repassar o aumento dos custos internos ao consumidor", comentou o executivo.
A empresa não quantifica o impacto dos aportes anunciados na sua capacidade de produção e nem abre as expectativas de faturamento para este ano.
"Mas o Brasil é hoje a maior aposta do grupo dentro da América Latina e vamos crescer dois dígitos em todos os segmentos que temos no país", afirmou Maganhoto.
Em 2013, o grupo teve uma receita global de aproximadamente 33 bilhões de dólares. Ele emprega 75.000 funcionários mundialmente, 2.500 no Brasil
Exame
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