quinta-feira, 26 de junho, 2014

PSA Peugeot Citroën tem prejuízo bilionário no Brasil

Balanço divulgado pela subsidiária brasileira do grupo francês PSA Peugeot Citroën mostra que a montadora segue registrando prejuízo no país. Os resultados de 2013 foram publicados apenas ontem no Diário Oficial do Rio de Janeiro e revelam um prejuízo de R$ 2,64 bilhões, quase sete vezes a mais do que as perdas de R$ 381,7 milhões do exercício anterior.
Dessa vez, o balanço foi prejudicado, principalmente, pela baixa contábil, sem efeito caixa, de R$ 1,87 bilhão em decorrência da reavaliação do valor recuperável de ativos, o chamado "impairment", que levou para R$ 2,09 bilhões o prejuízo operacional, cifra calculada antes das despesas com dívida.
Mesmo com a queda nos volumes de carros vendidos no mercado brasileiro pelas duas marcas, a receita líquida da PSA mostrou crescimento de 16,7% no ano passado, chegando a R$ 6,54 bilhões. Mas quase todo esse montante foi corroído por custos de produção da ordem de R$ 5,25 bilhões, 16,1% a mais do que em 2012, e despesas comerciais de R$ 850,2 milhões, alta de 15,1% em um ano.
Durante o ano passado, as vendas da marca Peugeot no Brasil caíram 20,2%, totalizando 57,5 mil unidades, ou 1,6% do mercado. Por sua vez, a Citroën registrou queda de 11,4% nos emplacamentos, com 66,1 mil carros licenciados no país, o que corresponde a uma fatia de 1,9% do total de automóveis e utilitários leves consumidos por brasileiros durante 2013.
Como a empresa não publica junto com o balanço as notas explicativas dos resultados, não é possível saber como compensou a queda dos volumes vendidos para fechar o exercício com uma receita maior. Recentemente, a montadora realizou programa de demissões voluntárias para eliminar um excesso de mão de obra de 650 operários após o fim de um dos três turnos de produção na fábrica de Porto Real, no sul do Rio de Janeiro.
Em outubro de 2011, a PSA anunciou o plano de investir R$ 3,7 bilhões para dobrar a capacidade instalada no país para 300 mil carros por ano. Contudo, além da menor demanda doméstica, a operação foi fortemente atingida pela queda nas exportações para a Argentina, levando a empresa a cortar a produção em 28% no início deste ano.
A Peugeot Citroën fechou 2013 com dívida líquida, descontando as disponibilidades de caixa, de R$ 4,19 bilhões, 28% acima do passivo de um ano antes, segundo números de seu balanço patrimonial.
Valor
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