sexta-feira, 06 de setembro, 2013

Cachaça ganha novos sabores

Para ganhar uma fatia do mercado dominada pela rival vodca, produtores de cachaça se esforçam para criar novos produtos e mostrar a versatilidade da bebida a novos consumidores, por preços acessíveis. Um dos atrativos, além do preço, é o sabor. A procura é por bebidas com sabor diferenciado, mais leves e doces. Um exemplo é a cachaça Maria Joana, lançada este ano. Ao misturar a bebida com mel e limão, a produtora reduziu o teor alcoólico da bebida de 40% para 18%.
A marca Dose Clássica, do Espírito Santo, vem criando, nos últimos quatro anos, cachaças com sabor. No portfólio, já tem bebidas com menta, mate e baunilha. O mais recente lançamento é a bebida sabor coco. Até mesmo o design das garrafas é mais moderno. E tanto empenho pelos empreendedores tem um alvo: os jovens consumidores. A Casa Bucco, marca do Rio Grande do Sul, tem no portfólio um licor de cachaça envelhecida durante oito anos. A marca, reconhecida na categoria premium,
planeja agora lançar produtos em uma faixa intermediária de preço, entre R$ 30 e R$ 40.
Já a Vale Verde aposta na CanaVino, bebida que passa por processo semelhante ao dos vinhos e tem toque amadeirado e seco. Já a cachaça Meladinha tem como alvo mulheres de 20 a 40 anos e também foi lançada este ano. A bebida, mais doce, é feita inteiramente a partir da cana-de-açúcar, pois une cachaça e melado.
Aromas também são estratégia para aumentar vendas Os produtores de cachaça também apostam na diferenciação de aromas ao criar bebidas conservadas em madeiras diferentes. É o caso da Velho Alambique, produzida na Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul. A bebida Ouro passa por barris de carvalho, angico e grapia. A região, conhecida pela tradição do vinho, também vem se destacando com relação à produção da cachaça. Com distribuição no Rio de Janeiro, Belo Horizonte (MG),Brasília(DF) e Rio Grande do Sul, a empresa mira agora no consumidor da região Nordeste. A produção é de 30 mil litros por ano.
A Weber Haus, também da região Sul, vende sua cachaça 12 anos, com produção limitada a duas mil garrafas e avaliada por 20 especialistas, a R$ 1,6 mil. Um dos diferenciais é o processo de fabricação. A bebida foi envelhecida durante seis anos em barris de carvalho e seis anos em barris de bálsamo.
Do negócio, cerca de 35% já é exportado para países como Japão, Dubai, França, Holanda e China. Em cinco anos, pretende lançar uma cachaça de 18 anos. São Paulo receberá 23ª edição da Expo cachaça Até 8 de setembro, o Mercado Municipal Paulistano, o popular “Mercadão”, vai receber a 23ª Expo cachaça, trazendo produtores de várias regiões do Brasil, oferecendo degustação gratuita de mais de 100 marcas de cachaças brancas ,envelhecidas e licores, entre as novidades. A expectativa dos organizadores é de que os negócios gerados durante o evento girem em tornodeR$1,5milhão no varejo e aumentem em 400% a venda destes produtos nas mais de 20 lojas de bebidas instaladas no Mercadão.
Brasil Econômico – 05/09/2013
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