sexta-feira, 02 de agosto, 2013

Câmeras digitais inovam para reagir aos smartphones

Depois de amargar perdas nas vendas diante dos smartphones, o mercado de câmeras foto “gráficas digitais no país deve voltar a ganhar fôlego no segundo semestre. Um dos motivos virá do próprio consumo, já que as previsões de especialistas nesse mercado é demais brasileiros colocando em prática a sua ‘veia de fotógrafo’. Por outro lado, uma disputa, ainda que velada, começa a aparecer entre os dispositivos móveis e as câmeras.
Grandes fabricantes começam a oferecer modelos que, além de resolução superior e lentes poderosas, garantem acesso à internet na própria máquina. Tudo para conquistar um consumidor cada vez mais high tech e sempre em busca de novidades.
Segundo levantamento da consultoria Gfk, o mercado de câmeras retraiu 12,2% em unidades vendidas de janeiro a maio de 2013 quando comparado com o mesmo período do ano passado. O motivo, segundo Alex Ivanov, responsável pela área digital da Gfk, é simples: o consumidor tem um bolso apenas e a preferência por um ou outro produto depende da sua escolha. Em 2012, quase 5 milhões de câmeras foram vendidas no país.
“As câmeras podem não estar tão bem no que diz respeito a vendas em relação aos smartphones. Mas há uma recuperação em andamento. De um ano para cá, foram concedidos incentivos para compra de produtos como os de linha branca, que levaram o consumidor a determinada opção de compra. E o bolso é um só”, diz Ivanov.
Ele lembra que uma parcela pequena dos celulares com câmera tem boa resolução. E , ao contrário de tirar mercado das câmeras digitais, ajuda a estimular a fotografia.
“Um mercado não acaba com o outro. E as câmeras cada vez mais avançam em tecnologia. Dados de maio desse ano mostram que o preço médio no país é de R$ 407. São modelos compactos que abrem as portas da fotografia ao consumidor que quer mais qualidade de imagem do que a que encontra em um smartphone”, completa Ivanov.
A tecnologia do mercado fotográfico vai além de uma boa resolução. Paulo Octavio, vice-presidente da Photoimagem Brasil, feira do setor fotográfico, fala da realidade de câmeras com conexão de internet.
“Ainda não são equipamentos de massa, mas já ganham espaço e se apropriam de elementos típicos dos smartphones. São câmeras coloridas, com essa oferta de conectividade. A indústria está se reinventando para entrar na briga, com a vantagem de uma câmera entregar a imagem com mais qualidade”, defende ele.
Joel Garbi , gerente geral da Nikon do Brasil, diz que o mercado de câmeras no país está estabilizado quanto a volumes, mas tem modificado muito o perfil de produtos que o consumidor deseja.
Os produtos com maior zoom e as câmeras com lentes intercambiáveis, as D-SLR (ou reflex), estão aumentando a sua representatividade. Segundo ele, a Nikon está pronta para reagir ao ‘ataque’ dos smartphones. No Brasil, a fábrica de Manaus é especializada em câmeras compactas e com lentes intercambiáveis.
“A popularização do uso da imagem como forma de expressão estimula ainda mais o mercado de fotografia. Com certeza mudanças estão acontecendo, os consumidores procuram resultado fotográficos cada vez melhores”, diz.
A Canon também não vê os smartphones como inimigos e, sim como estimuladores da fotografia. Para a empresa, em especial no Brasil, há uma elevação ano a ano no interesse por câmeras semi-profissionais, que são ideais para aqueles se apaixonaram pela fotografia ao usar smartphones e buscam mais recursos.
Brasil Econômico – 01/08/2013
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