sexta-feira, 26 de julho, 2013

Grendene prevê manter expansão ao redor de 20%

As vendas da fabricante de calçados Grendene na segunda metade do ano devem crescer no mesmo ritmo do primeiro semestre, segundo o diretor financeiro da companhia Francisco Schmitt. De janeiro a junho, a expansão foi de mais de 20%, sobre igual intervalo de 2012. No entanto, a alta no preço da resina plástica, uma das principais matérias-primas da calçadista, deve comprometer o avanço das margens, disse o executivo ao Valor.
No segundo trimestre, a Grendene registrou lucro líquido de R$ 66,2 milhões, alta de 11,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida da companhia, na mesma comparação, avançou 21,4%, para R$ 401,1 milhões. No período, foram produzidos 40,6 milhões de pares de calçados, volume 23,9% maior.
Com essa performance, a companhia, dona das marcas Melissa, Ipanema e Rider, conseguiu ganhar participação de mercado no Brasil, afirmou Schmitt.
O resultado operacional da Grendene subiu 72,3%, para R$ 55,5 milhões, com ganho de quatro pontos percentuais na margem. O desempenho financeiro, por outro lado, foi mais fraco, sacrificado por três motivos: menor quantidade de caixa aplicado, redução da rentabilidade das aplicações por causa do juro médio inferior e, principalmente, impacto das operações de hedge cambial.
Juntos, esses fatores resultaram no recuo, quase pela metade, da receita financeira líquida da companhia no segundo trimestre. O fenômeno justificou
a queda de 1,5 ponto percentual na margem líquida em relação a um ano antes.
Para Schmitt, o resultado da companhia no segundo trimestre foi "bom", dada as condições da economia. "O mês de junho, por conta das manifestações, teve uma menor quantidade de dias úteis de venda, mas conseguimos ter um forte desempenho em receita no total do trimestre", afirmou.
Segundo o executivo, o cenário econômico do início do ano para agora piorou. "Já estivemos mais otimistas", afirma, ressaltando que o ritmo de elevação das vendas do segundo semestre deve se manter em linha com o do primeiro.
Schmitt diz que a recuperação da demanda americana e a alta do dólar estão inflacionando o preço da resina plástica, que é bastante utilizadas na construção civil. Por causa disso, a Grendene deve ter dificuldade de ampliar a margem operacional no segundo semestre. A previsão de Schmitt é de estabilidade ou suave retração no indicador em relação a um ano antes. "O nosso segundo semestre de 2012 foi muito forte. A base de comparação é elevada", disse o executivo.
Além disso, em setembro ou outubro, a companhia começa a operação da nova fábrica em Sobral (CE), o que, segundo Schmitt, sempre acaba levando a uma pressão de custos.
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