terça-feira, 02 de abril, 2013

Brookfield não prevê novos ajustes após 1º prejuízo anual

A Brookfield Incorporações acredita ter deixado para trás o período de ajustes que resultou no primeiro prejuízo anual no histórico da empresa, e espera voltar a gerar caixa na segunda metade desde ano.
A incorporadora reduziu o prejuízo líquido no quarto trimestre de 2012 para R$ 39,7 milhões, comparado a resultado negativo de R$ 90,2 milhões um ano antes, apesar da queda em vendas e lançamentos.
O resultado contrariou a média de quatro estimativas de analistas obtidas pela Reuters, de lucro de R$ 47,8 milhões para a empresa no período.
Em 2012 fechado, o prejuízo foi de R$ 388 milhões, revertendo lucro de R$ 161,5 milhões no ano anterior. O segundo trimestre, quando foram realizados ajustes e revisão de orçamentos de obras, foi o período que mais pesou sobre o resultado.
"2012 foi ruim para a empresa, e pela primeira vez tivemos prejuízo no exercício", disse o presidente-executivo da Brookfield, Nicholas Reade, em teleconferência nesta quinta-feira. "Foi um ano de correção e redimensionamento da Brookfield e do mercado como um todo", acrescentou, se referindo também às mudanças nas estruturas de pessoal e de processos da empresa.
No demonstrativo de resultados, a companhia atribuiu o desempenho à combinação entre o processo de integração e redefinição das operações, ajustes de orçamentos, implementação de sistemas e rescisão de projetos, além do mercado mais fraco como um todo, o que resultou em novos ajustes.
Reade, contudo, assinalou que não devem ocorrer novos ajustes relevantes daqui para frente. "Ajuste de obra é algo constante, mas não deve haver grandes variações. Após a checagem geral, o risco de novos ajustes diminui", afirmou.
De outubro a dezembro, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 38,4 milhões, abaixo dos R$ 55,2 milhões obtidos um ano antes, com a margem caindo de 6,8% para 3,9%.
Projeções
Para este ano, a Brookfield espera que as vendas contratadas fiquem no intervalo entre R$ 3 bilhões e R$ 3,5 bilhões. No fechado de 2012, as vendas contratadas atingiram R$ 3,4 bilhões, queda anual de 23,5%.
Os lançamentos, enquanto isso, foram 21,8% menores no ano, em R$ 3,1 bilhões, atingindo o ponto mínimo da projeção da empresa. A Brookfield não divulgou previsão para lançamentos em 2013.
Também neste ano, a incorporadora estima entregar de 20.000 a 25.000 unidades, que devem totalizar Valor Geral de Vendas (VGV) entre R$ 3,5 bilhões e R$ 4 bilhões.
A companhia afirmou ainda que deve gerar caixa no segundo semestre deste ano, apoiada em elevado volume de entregas e repasses programados.
"Devemos consumir caixa no primeiro semestre, no terceiro trimestre o caixa deve ser neutro e no quarto trimestre o caixa volta para a companhia", disse Reade. Segundo ele, a empresa contempla ainda R$ 100 milhões provenientes de vendas de ativos.
Brasil Econômico
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