sexta-feira, 15 de março, 2013

Tigre eleva aportes para acompanhar demanda em alta

Para atender à retomada da demanda no Brasil e para crescer em outros mercados latino-americanos, o grupo Tigre vai investir R$ 250 milhões neste ano. O valor ficará acima do montante que a fabricante de tubos e conexões tem investido. Nos últimos dez anos, informa, aplicou a média de R$ 200 milhões ao ano.
Segundo o presidente da companhia, Evaldo Dreher, os investimentos serão destinado a lançamentos de produtos, atualização tecnológica e ampliação da capacidade produtiva. Ele informou que R$ 110 milhões desse montante serão aplicados na abertura de cinco fábricas. As cidades de Camaçari (BA) e Rio Claro (SP) terão unidades para produção de caixas de água. Maceió receberá uma nova unidade da joint venture da Tigre com a americana ADS, para fabricação de tubos corrugados de polietileno. Essas unidades devem ser inauguradas até agosto.
Duas outras unidades serão abertas em Lima, no Peru, sendo outra unidade com a ADS e uma grande fábrica de tubos de PVC, que sozinha consumirá R$ 50 milhões. "Será a mais moderna do mundo", disse Dreher. A primeira tem previsão de iniciar a operação em setembro e a segunda, entre o fim deste ano e início de 2014.
A Tigre já tinha duas unidades menores no Peru, que continuarão em operação. Com as novas fábricas, a empresa passará a ter 12 unidades brasileiras e 16 no exterior. A capacidade produtiva passará de 410 mil toneladas de tubos e outros produtos por ano para 440 mil toneladas anuais.
Em 2012, o grupo faturou R$ 3,1 bilhões, com alta de 6% em relação ao ano anterior. O resultado ficou abaixo do crescimento previsto inicialmente, que era de 10%. "O desempenho da demanda por infraestrutura foi muito ruim no ano passado, mas deve retomar neste ano", disse Dreher. Ele afirmou também que a demanda de famílias fazendo reformas, que responde por mais da metade do faturamento da Tigre, continuará forte.
O destaque ficou para o desempenho em outros mercados latino-americanos. Segundo Dreher, as vendas da Tigre cresceram 20% no Peru, 10% no Chile e entre 15% e 20% no Paraguai e na Bolívia.
Para este ano, a fabricante estima expansão de 12%. Considerando aquisições, a meta é chegar a um faturamento de R$ 5 bilhões até o fim de 2014 - aumento de 60% em relação a 2012.
Dreher disse que aquisições no Brasil são avaliadas como possibilidades de complementação de portfólio e que o foco são ativos na América Latina. "É difícil entrar em mercados consolidados com a sua marca, do zero; uma aquisição nos permite entrar rapidamente em um mercado". Em janeiro, a companhia concluiu a compra da peruana Comercial Matusita, líder local em tubos de PVC, e a Tigre está atenta a outras oportunidades no continente, afirmou o executivo.
A empresa estima que o faturamento fora do Brasil poderá representar 35% do resultado da companhia no prazo de cinco anos. Hoje, essa fatia é de 25%.
Valor Econômico
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