terça-feira, 26 de março, 2013

International Paper retoma projeto de papel em Três Lagoas

A International Paper (IP), maior fabricante mundial de papéis de imprimir e escrever, retomou os estudos para implantação de uma nova máquina na fábrica de Três Lagoas (MS), com investimento estimado em US$ 300 milhões. A direção da operação brasileira, de acordo com uma fonte da indústria, está mais otimista quanto à expansão - esses planos são públicos há mais de três anos. "A IP está novamente entusiasmada com o projeto", afirmou.
Tecnicamente empatada com a brasileira Suzano Papel e Celulose na posição de maior fabricante de papel de imprimir e escrever do país (considerando-se revestidos e não revestidos) e líder no segmento de não revestidos, a IP opera muito perto do limite de capacidade. Hoje, a companhia americana pode produzir pouco mais de 1 milhão de toneladas por ano em três fábricas no Brasil - Três Lagoas, Mogi Guaçu (SP) e Luiz Antônio (SP) - e exporta quase a metade desse volume, sobretudo para os demais países da América Latina.
Tecnicamente empatada com a brasileira Suzano Papel e Celulose na posição de maior fabricante de papel de imprimir e escrever do país (considerando-se revestidos e não revestidos) e líder no segmento de não revestidos, a IP opera muito perto do limite de capacidade. Hoje, a companhia americana pode produzir pouco mais de 1 milhão de toneladas por ano em três fábricas no Brasil - Três Lagoas, Mogi Guaçu (SP) e Luiz Antônio (SP) - e exporta quase a metade desse volume, sobretudo para os demais países da América Latina.
Em 2012, conforme a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), a indústria instalada no país produziu 2,635 milhões de toneladas de papel de imprimir e escrever, das quais 1,688 milhão de toneladas destinadas ao mercado doméstico. Outras 661 mil toneladas foram importadas para suprir o consumo local. Embora ainda represente um mercado pequeno quando comparado com Europa e EUA, o Brasil - em realidade, a América Latina como um todo - e a China, com muita vantagem sobre aqui, representam as únicas regiões em que haverá crescimento da produção de imprimir e escrever nos próximos dez anos, segundo consultorias especializadas.
A IP já havia informado a intenção de instalar uma nova máquina de papel na unidade de Mato Grosso do Sul e, originalmente, previa fazer o anúncio oficial no início de 2010. Diante de incertezas sobre a economia global e o ritmo de crescimento do mercado latino-americano de papel, o presidente da IP para a AL, Jean-Michel Ribieras, informou em fevereiro daquele ano a prorrogação do prazo para tomada de decisão por até dois anos. Desde então, a companhia tem dito que o projeto segue em análise.
Nesse meio tempo, a IP comprou a concorrente americana na área de embalagens Temple-Inland, em operação de US$ 4,3 bilhões, e, mais recentemente, investiu US$ 470 milhões em uma joint venture com a Jari, do Grupo Orsa, que marcou sua entrada no mercado brasileiro de embalagens.
Agora, segundo fonte, a fabricante americana retomou os estudos no segmento de imprimir e escrever com mais profundidade, por entender que o momento favorável à implantação da nova máquina, com capacidade para até 250 mil toneladas por ano, considerando-se a tecnologia atual, pode estar se aproximando. Além disso, a companhia tem de tomar uma decisão sobre o projeto dentro de um cronograma pré-acordado com a Fibria, que produz em Três Lagoas a celulose utilizada na unidade da IP e concordou em estender o prazo para implantação da nova linha, se essa for a decisão.
O contrato de fornecimento de matéria-prima, com duração de 90 anos, prevê que a nova máquina de papel deve entrar em operação entre o segundo trimestre de 2016 e o segundo trimestre de 2018. Para o início de operação de um projeto desse porte são necessários pelo menos dois anos de antecedência.
Procurada, a IP respondeu em nota que "continua os estudos de implantação, inclusive com consulta à comunidade sobre possíveis projetos socioambientais a serem executados". A empresa reiterou que o Brasil é visto como "plataforma de crescimento na América Latina" e que "levará em consideração aspectos de demanda de papel e crescimento econômico da região para definição de data para implantação da máquina".
A novidade que será incorporada à fábrica de Três Lagoas, a partir da expansão, é a produção de papel offset (para gráficas). Hoje, a unidade é voltada ao papel de imprimir e escrever em formato A4. Em 2012, a IP registrou vendas globais de US$ 27,8 bilhões, com alta de 6,9% ante os US$ 26 bilhões apurados no ano anterior. Somente no quarto trimestre, as vendas mundiais da multinacional foram de US$ 7,1 bilhões, frente a US$ 6,4 bilhões em igual intervalo de 2011.
Valor Econômico
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