terça-feira, 19 de março, 2013

Importadoras de automóveis devem rever previsão de vendas neste ano

Se para o mercado de carros nacionais as perspectivas são animadoras, as importadoras instaladas no Brasil estão revendo seus conceitos. A projeção de que as vendas de carros importados poderiam chegar a 150 mil unidades neste ano já será recalculada.
“A projeção de vendas de 150 mil unidades considera média mensal de 12 mil unidades por mês. No entanto, em janeiro e fevereiro tivemos volume de 7 a 8 mil. Vamos aguardar março, pode haver recuperação, mas devemos revisar para baixo essas projeções”, disse o presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos (Abeiva), Flávio Padovan.
No mês passado, as afiliadas à associação venderam 7.185 veículos, ante os 10.427 do mesmo mês de 2012 — uma queda de 31,1%. O volume está acima da queda do mercado interno, que foi de 5,6%.
No entanto, Padovan acredita que pode haver uma melhora nos próximos meses. “As cotas do Inovar-Auto para os veículos importados, que isentam os 30 pontos percentuais até teto máximo de 4.800 unidades/ano ou ao teto histórico dos anos de 2009 a 2011, deverão mostrar resultados mais favoráveis aos importadores oficiais a partir de suas utilizações neste primeiro trimestre do ano”, disse o executivo que também é presidente da Land Rover/Jaguar.
Ainda de acordo com o presidente da Abeiva, apesar das vendas de fevereiro terem sido menores que as de fevereiro de 2012 nos volumes totais, as médias diárias de emplacamentos subiram de 392 unidades/dia para 399 unidades/dia, ou seja, uma pequena reação de 1,8% neste bimestre. Fevereiro do ano passado teve 29 dias.
Outro fator que pode auxiliar na meta anual da Abeiva é a habilitação da Audi e BMW no InovarAuto. A BMW já aproveitou e anunciou a redução de sua tabela de preços, enquanto a Audi também recebeu a habilitação, mas ainda não divulgou se haverámudanças nos valores cobrados.
A Audi deve anunciar no próximo mês se vai ou não ter uma fábrica no Brasil. O presidente da subsidiária brasileira, Leandro Radomille, disse que está com viagem marcada para a Alemanha. Na volta ele deve trazer na mala a decisão da matriz.
No final do ano passado, o executivo já previa que os estudos de viabilidade econômica para a retomada da produção no país sairiam no primeiro semestre deste ano.
A proposta que deve mesmo vingar é a de compartilhamento de produção com a Volkswagen. Isso em função do custo menor para a implantação da linha de montagem. Pelas regras do governo, o investimento mínimo das montadoras é de R$ 17 mil para uma capacidade instalada de 30 mil carros, o que levaria a companhia a investir R$ 510 milhões. “Mas tudo isso será realmente definido em 2013”, disse Radomille.
A ideia de compartilhar a produção com a VW, na unidade do Paraná, seria uma volta às origens, já que foi em São José dos Pinhais que a montadora alemã começou a produzir no país em 1999. Essa linha durou até 2006.
A Audi e a Volkswagen compartilhavam a mesma plataforma. Na época, saiam das linhas de produção o Golf, da VW e o Audi A3. Essa estratégia durou até a mudança da plataforma dos dois modelos.
Brasil Econômico
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