quarta-feira, 13 de março, 2013

Arezzo prevê melhora operacional em 2013

Passada a fase de gastos para estruturar a área comercial da marca Schutz, a fabricante e varejista de calçados Arezzo poderá recuperar a sua rentabilidade operacional. O presidente da companhia, Alexandre Birman, projeta expansão da margem Ebitda em 2013, após a contração do indicador no ano passado.
Para o empresário, o crescimento da Arezzo este ano possibilitará a diluição das suas despesas, resultando em ganhos a partir da alavancagem operacional. No total, a Arezzo abrirá 53 lojas de suas três bandeiras (Arezzo, Schutz e Anacapri), a maior parte franquias, até dezembro. Hoje são 398 unidades, além da loja virtual.
A expansão da Schutz, segunda marca em importância para a Arezzo, foi acelerada no ano passado, com abertura de 11 lojas próprias e 22 franquias, totalizando 50 unidades no fim do ano. No período, a margem Ebitda caiu de 17,3% para 15,8%.
Segundo Birman, a pressão na margem Ebitda já começou a ceder nos últimos três meses do ano, quando o indicador avançou 0,6 ponto percentual em relação a um ano antes.
A Arezzo reportou ontem ganho líquido de R$ 31,7 milhões no quarto trimestre, alta de 17,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida subiu 27%, para R$ 252,8 milhões, puxada por um crescimento de 13,1% nas vendas das franquias com mais de um ano de funcionamento ("mesmas lojas").
Nas unidades próprias, as vendas "mesmas lojas" subiram apenas 0,6%. Segundo Birman, o fenômeno ocorreu porque muitas lojas da Schutz foram abertas no fim de 2011 com performance inicial de vendas surpreendente, dificultando a base de comparação. Além disso, disse Birman, as lojas próprias da Arezzo e da Anacapri já são bastante maduras, com menor espaço para crescimento de vendas por metro quadrado.
Aos 36 anos, Birman assumiu o comando da Arezzo nesta semana no lugar do seu pai, Anderson Birman, que passou a se dedicar exclusivamente ao conselho de administração da companhia.
Segundo Birman (o filho), a mudança na gestão não ocorreu apenas para satisfazer à exigência de que a presidência do conselho e o comando executivo sejam ocupados por pessoas diferentes, prevista no regulamento do Novo Mercado. "Pode parecer romântico, mas o processo que me levou à presidência da Arezzo começou quando eu nasci", disse.
Criador da marca Schutz em 1995, e da grife Alexandre Birman, o empresário acompanhou, desde pequeno, a fundação da Arezzo, em Belo Horizonte. "Meu hobby de criança era montar caixinha de sapato."
Antes de assumir a presidência da Arezzo, Birman era diretor vice-presidente de operações da companhia desde 2007. Ele não prevê grandes mudanças no modelo de condução dos negócios de agora em diante. À frente do conselho, seu pai cuidará da estratégia de crescimento da Arezzo no longo prazo, inclusive avaliando aquisições. "É um assunto que nunca deixou de estar presente na companhia", disse.
No ano, a Arezzo teve lucro líquido R$ 96,9 milhões, alta de 5,7% em relação à 2011. Na mesma comparação, a receita aumentou 26,7%, para R$ 860,3 milhões.
Valor Econômico
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