quarta-feira, 20 de fevereiro, 2013

Usiminas pode vender Automotiva este ano

A Usiminas pode vender sua divisão de produção de cabines de caminhões, Automotiva, no primeiro semestre deste ano, em meio à meta da companhia de reduzir o endividamento e se concentrar em operações centrais para produção de aço.
A companhia encerrou 2012 com prejuízo anual de R$ 531 milhões, o primeiro em mais de uma década , e espera reduzir o nível de endividamento de 4,7 vezes sua geração de caixa para nível abaixo de 3 vezes ao final de 2013.
Para isso, entre medidas de redução de custo, a companhia quer acelerar a venda de ativos não essenciais para a produção de aço, incluindo imóveis e também a Automotiva Usiminas.
“A Usiminas espera concretizar durante o primeiro semestre de 2013 algumas vendas de ativos não essenciais e não operacionais, como também operacionais, como é o caso da Automotiva Usiminas”, afirmou o presidente da maior produtora de aços planos do país, Julián Eguren.
Segundo o vice-presidente financeiro da empresa, Ronald Seckelmann, a Usiminas mantém algumas negociações em andamento sobre venda de ativos, mas evitou citar valores. O diretor vice-presidente de subsidiárias, Paolo Felice Basseti, acrescentou: “A Automotiva é um cliente da Usiminas e está pronta e posicionada para subir a outro patamar e para fazer isso necessita naturalmente de uma companhia que possa ajudá-la a se desenvolver e considera a Automotiva como parte do núcleo de seus negócios.”
Segundo Basseti, a Automotiva, que foi reestruturada em 2012 em meio a um tombo de 20% nas vendas de caminhões, teve margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) entre 13% e 14% nos últimos seis meses. “Achamos que para o setor em que a Usiminas está atuando é razoável”, disse Basseti.
Em dezembro, Eguren já havia comentado que a Usiminas estava aberta a joint-ventures ou venda da unidades e citou ainda a Usiminas Mecânica, que atua em segmentos como estruturas metálicas e produção de vagões ferroviários .
Projeções
Eguren afirmou que após o prejuízo de 2012 a Usiminas continua focada em contenção de custos em meio à crise no mercado siderúrgico mundial e que está estudando eventual desativação de mais uma linha de lingotamento contínuo de sua usina em Cubatão (SP).
A usina tem quatro linhas de lingotamento contínuo, que produz produtos semiacabados como blocos e placas, e já tinha desativado uma delas, afirmou Eguren. “Estamos estudando o fechamento de uma nova linha de lingotamento para um futuro próximo (...) Temos oito máquinas no total (incluindo quatro equipamentos na usina mineira de Ipatinga) e estamos concentrando a produção nas máquinas com máximos índices de produtividade”, afirmou.
Apesar de operar com menos máquinas, a produção da Usiminas em 2012 cresceu 7%, para 7,16 milhões de toneladas.
A Usiminas estimou vendas de aço entre 6 milhões e 6,5 milhões de toneladas em 2013, queda ante o volume de 6,88 milhões de toneladas do ano passado. A estimativa para as vendas de minério de ferro este ano também é de 6,5 milhões de toneladas.
Brasil Econômico
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