quarta-feira, 20 de fevereiro, 2013

Arcor vai disputar mercado de bombons

A argentina Arcor, fabricante de chocolates, chicletes, balas e biscoitos, anuncia hoje seu projeto mais importante para o ano de 2013 no Brasil. Com investimentos de R$ 32,5 milhões, coloca no mercado o "Bon o Bon" para disputar a venda avulsa de bombons com os líderes históricos Sonho de Valsa e Ouro Branco, da Lacta, e Serenata de Amor, da Garoto.
O país é o maior mercado consumidor de bombons avulsos no mundo, segundo a Nielsen. Enquanto em outros países predomina o hábito de comprar o produto em caixas, aqui compra-se com maior frequência por impulso e por unidade. É um negócio que movimenta 25 mil toneladas e R$ 500 milhões e cresce entre 5% e 6% anualmente. E a Arcor quer um pedaço desse segmento, além de ampliar sua participação nas vendas de chocolate em geral. "Nossa posição é desafiar esse mercado e o bombom é só o começo", diz o diretor-geral Oswaldo Nardinelli Filho, há 18 meses no cargo e com experiência de 27 anos em empresas do mesmo ramo como Cadbury e Warner-Lambert.
O Bon o Bon chega ao varejo nas regiões Sul e Sudeste na próxima semana, nas versões original (amendoim), beijinho e brigadeiro - os dois últimos sabores exclusivos no Brasil. Fabricado e exportado para mais de 60 países, o bombom estreia inovações na embalagem no Brasil. Em parceria com a Cargill, a Converflex, empresa de embalagens plásticas da Arcor, desenvolveu uma película a partir da fibra do milho. O resultado é uma embalagem com matéria-prima 52% renovável. Com a Bosch alemã, foi criada uma máquina que faz a selagem por ultrassom.
Na Argentina, onde a indústria foi fundada em 1951 em Arroyito, província de Córdoba, pela família Pagani, o Bon o Bon detém 45% do mercado e no Chile, 25%. No Brasil, o produto será vendido a R$ 0,70 a unidade e o objetivo é chegar a uma receita de R$ 45 milhões até o fim do ano, perto de 1% do mercado dos bombons avulsos.

Dona de uma participação de 4,5%, segundo dados Nielsen, a Arcor é uma espécie de Liliput no mercado de chocolates brasileiro, que movimentou RS$ 5,5 bilhões em 2012 e cresceu 5,8% em faturamento e 2,9% em volume. Sua maior concorrente é a Lacta, marca da Mondelez e dona dos bombons Sonho de Valsa e Ouro Branco, que detêm 41,1% e 20,7% do segmento de bombons avulsos, respectivamente.
Em 2013, a Arcor planeja acelerar o crescimento no país - sua segunda maior operação depois da Argentina. Em 2012, a companhia aumentou o volume de vendas em 20,6% - sete vezes mais que o crescimento do mercado brasileiro - e fez o faturamento crescer 11%, para RS$ 1,1 bilhão. A expectativa para este ano é um aumento de 15% nas vendas, puxado por chocolates. Apenas em marketing serão gastos R$ 70 milhões, 40% a mais do que no ano anterior. Em ampliação de capacidade serão investidos R$ 20 milhões.
Segundo Nardinelli, a estratégia da fabricante é impulsionar o crescimento de suas principais marcas de chocolate como Arcor e Tortuguita, além das balas Butter Toffees e biscoitos Danix. Porém, é em chocolates que está a meta mais agressiva da Arcor, que pretende dobrar a receita no segmento, atualmente correspondendo a 25% do faturamento total, para R$ 500 milhões até 2015.
A Arcor tem uma projeção ousada de faturar R$ 1,8 bilhão no país em 2016. "Nossa prioridade é o crescimento orgânico e não as aquisições", diz Nardinelli. A empresa, que mantém um centro de pesquisa e desenvolvimento em cada fábrica, fez 30 lançamentos em 2012. Neste ano, só para a Páscoa foram criados 30 produtos.
Valor Econômico
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