sexta-feira, 25 de outubro, 2013

Klabin retoma processo de capitalização para nova fábrica em Ortigueira (PR)

Uma das novidades em relação ao formato anterior é a possibilidade de colocação de debêntures mandatoriamente conversíveis em ações da Klabin S.A., com participação do grupo de investidores estratégicos. "Logo após anunciarmos a proposta de operação [de oferta de units, em junho], os mercados financeiros se enfraqueceram", disse ao Valor Econômico o diretor-geral da companhia, Fabio Schvartsman. "Agora, eles se fortaleceram e estamos confortáveis para levar adiante o processo."
O executivo reiterou que o projeto de celulose da Klabin se diferencia dos demais, uma vez que é o único que envolve a produção de fibra longa. "Pela qualidade das florestas da Klabin, esse talvez seja o projeto mais competitivo do mundo, com custo caixa [de produção] imbatível", acrescentou.

Valores
A Klabin pretende levantar R$ 1,7 bilhão por meio de capitalização e, considerados os prazos legais, é possível que a decisão sobre o formato da operação seja tomada no fim de novembro. E o investimento industrial previsto na nova fábrica de celulose foi revisto de R$ 5,3 bilhões para R$ 5,8 bilhões, em decorrência do câmbio. Inicialmente, o projeto estava estimado em R$ 6,8 bilhões, considerando-se também R$ 1,5 bilhão referentes a 107 mil hectares de florestas aportados pela Klabin no empreendimento.
A companhia prevê, ainda, desembolso de R$ 600 milhões em obras de infraestrutura e R$ 800 milhões em impostos incidentes sobre o projeto industrial, que são recuperáveis. Dessa forma, sem considerar o valor referente às florestas, o investimento total na nova fábrica de celulose será de R$ 7,2 bilhões.
Como parte do financiamento do projeto, a Klabin tem uma linha de R$ 4 bilhões enquadrada no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outra de US$ 300 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Ações
Em resposta a essa decisão, ontem (22) as ações da Klabin recuavam e ficou entre as principais quedas do Ibovespa. Por volta das 12h15, a ação da Klabin caía de 1,65 por cento, a 11,90 reais, diante de variação positiva de 0,9 por cento do Ibovespa. No mesmo instante, outras ações do setor de papel e celulose avançavam: Fibria ganhava 3,88 por cento e Suzano subia 1,68 por cento.
Segundo analistas da XP Investimentos, a notícia é marginalmente negativa para as ações da Klabin. "Entendemos que tal projeto executado sozinho deverá comprometer o fluxo de caixa da empresa por um período prolongado e isso representa uma adição de risco à empresa", afirmaram em boletim.
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